Sindicato dos Professores critica não antecipação do 13º salário
“Essa é uma prática já estabelecida, que vinha sendo feita há mutos anos. Colegas mais antigos não lembram a última vez em que não havia sido dado o adiantamento. Além disso, essa decisão abre dúvidas se haverá dinheiro no final do ano para que recebamos o valor integral do 13º salário, as férias do funcionalismo e a segunda parcela do reajuste. O que está acontecendo? Para onde está indo o dinheiro de Novo Hamburgo?”, indagou.
O sindicalista ainda reforçou a imagem de que a rede municipal de ensino tem deixado de ser o objetivo dos profissionais da educação para ser um local de passagem. “Um dos problemas é que as palavras não se transformam em ações. Hoje, os servidores estão se sentindo desvalorizados, não só pela decisão, mas também na demora em avisar que não haverá adiantamento. Há outras promessas não cumpridas, como o repasse da parte patronal ao Ipasem. Não somos culpados por crise nenhuma”, asseverou.
Requerimento
Os vereadores Enfermeiro Vilmar (PDT), Enio Brizola, Felipe Kuhn Braun (PDT) e Patricia Beck (sem partido) já apresentaram requerimento solicitando informações sobre a previsão de pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores municipais. O texto foi aprovado por unanimidade durante a sessão desta quarta. “Essa quebra de costumes provocou uma desigualdade no funcionalismo, porque uma parte recebeu, e outra não. Não houve uma perda significativa de arrecadação e houve aumento nas taxas de serviços e IPTU. Não sei o que pode estar atrapalhando. Talvez o grande número de cargos em comissão que estão sendo contratados”, ponderou Brizola.
Felipe Kuhn Braun antecipou que a Comissão de Educação, a qual preside, deve convocar uma reunião conjunta entre Executivo e sindicato para reforçar o pedido por informações. Enfermeiro Vilmar (PDT) endossou o discurso de Brizola sobre as prioridades de contratação do Executivo. “Muitos servidores lamentam a decisão também por já terem compromissos agendados, uma vez que a antecipação vem sendo realizada frequentemente. O que foi feito de ajuste para combater o endividamento do Município? Não tem necessidade de preencher todas as vagas de cargos de confiança. Queremos saber também as ações da Prefeitura para garantir o pagamento do 13º salário dos funcionários no final do ano”, complementou.
Patricia Beck destacou ser dever dos gestores públicos fazer os esforços necessários para cumprir as obrigações com os funcionários. “Adoram dizer que o Município tem dificuldades financeiras, mas vemos a Administração devolvendo dinheiro de emendas parlamentares. Precisamos, sim, fazer a convocação do secretário da Fazenda. Queremos muito falar sobre as contas do Município. Precisamos saber como estão pagando a insuficiência financeira de R$ 73 milhões do ano passado”, enfatizou a vereadora.