Sindicalista cobra ações imediatas para prevenir carência de professores em futuro próximo

por Luís Francisco Caselani última modificação 16/10/2023 23h58
16/10/2023 – Em alusão ao Dia do Professor, a educadora Luciana Martins ocupou a tribuna da Câmara de Novo Hamburgo na sessão desta segunda-feira, 16. Presidente do Sindicato dos Professores Municipais (SindProfNH), ela falou sobre os desafios enfrentados diariamente pelos profissionais do ensino em sala de aula e alertou para o crescente desinteresse de jovens pelo magistério. A partir de manchetes de veículos de comunicação, Luciana desenhou um cenário desolador para o futuro da educação no país e no mundo.
Sindicalista cobra ações imediatas para prevenir carência de professores em futuro próximo

Foto: Jaime Freitas/CMNH

No Brasil, temos uma projeção de falta de 235 mil professores até 2040. Para o Rio Grande do Sul, projeta-se uma carência de 10 mil profissionais. E o que temos em relação a Novo Hamburgo? Os números da nossa cidade, mesmo sem uma pesquisa específica, também são bastante preocupantes”, sinalizou a sindicalista. “Do total de professores chamados no último concurso, apenas 49% assumiram. Nos últimos seis meses, quase cem professores pediram exoneração. Isso não é por acaso. Isso acontece porque nós, enquanto sociedade, precisamos pensar como estamos atuando para defender a educação pública e incentivar que jovens busquem o magistério e as licenciaturas. Para além de parabenizar os professores no dia 15 de outubro, o que esta cidade tem feito para mantê-los atuando aqui?”, questionou.

Para Luciana, é necessário refletir sobre o futuro da profissão a partir de três eixos: carreira, salário e condições de trabalho. Sobre os dois primeiros pontos, criticou o descumprimento do piso da categoria, a defasagem salarial provocada por reposições abaixo da inflação e o “confisco” da aposentadoria, decorrente da instituição de alíquota previdenciária sobre os proventos recebidos por trabalhadores que se dedicaram por anos ao serviço público.

Já quando falamos de condições de trabalho, falamos da goteira, de instalações inadequadas, de falta de energia elétrica, mas também falamos da exaustão, da ausência de horas de planejamento e organização do processo pedagógico”, prosseguiu a professora, que lembrou ainda o caso de uma escola da rede municipal que permaneceu por 15 dias sem água potável entre os meses de fevereiro e março deste ano.


Tribuna Popular

Durante as sessões ordinárias, pessoas previamente inscritas também têm direito à fala, por meio do expediente da Tribuna Popular. As inscrições devem ser realizadas junto à Secretaria da Câmara, no terceiro andar do Palácio 5 de Abril, a partir do preenchimento de uma solicitação. As datas serão estabelecidas conforme disponibilidade de agenda.

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