Sessão solene comemora os 40 anos da UJR
Foto: Jaime Freitas/CMNH
Primeiro signatário do requerimento de homenagem, coube a Finck conduzir a solenidade na ausência do presidente Raizer Ferreira (PSDB). Antes de seu pronunciamento na tribuna, o parlamentar apresentou um vídeo produzido pelo canal SporTV que retrata o papel social do trabalho da UJR. “O incentivo à prática esportiva pode mudar a realidade de uma criança, formando campeões no esporte e na vida. A UJR tem claro o entendimento de como o esporte pode transformar positivamente a vida das pessoas. Além do benefício à saúde, os jovens se tornam mais confiantes, melhoram o desempenho escolar e passam a acreditar que são capazes de alcançar seus próprios sonhos”, destacou Finck.
Enio Brizola mencionou os projetos e ações mantidos pela entidade nos diferentes bairros da cidade, ampliando a abrangência de sua atuação. “A UJR vive para os outros. Quando as primeiras lideranças idealizaram o clube, creio que a proposta fosse a criação de um time de futsal para recreação e competição. Mas a ideia agora é outra. A disputa maior não é esportiva, é no dia a dia de sua comunidade. Além do grande adversário que é o tráfico de drogas, há também a desagregação familiar. Estamos sofrendo muito com isso. Desejo que a UJR permaneça sempre firme no propósito de disputar campeonatos, ganhar troféus, mas principalmente de enfrentar esses inimigos”, frisou o vereador.
Presentes à solenidade, Gerson Peteffi (MDB) e Lourdes Valim (Republicanos) contaram sobre suas relações com o clube e a admiração que criaram pelo trabalho realizado. “A UJR é uma marca da cidade. É uma grife não só no esporte de alto rendimento, mas na congregação de valores como família, estudo, dedicação, disciplina e comprometimento social”, opinou Peteffi. “O esporte funciona como um posto de saúde. Ele dá vida às pessoas, principalmente para os jovens. Gostaria que muitas entidades como a UJR existissem na nossa cidade e no nosso país, investindo no esporte. Parabéns por serem patrocinadores de um investimento na inclusão social de crianças e adolescentes”, emendou Lourdes.
Esporte e educação
Embora a UJR tenha sua gênese em 1978, o clube só foi fundado oficialmente no dia 4 de abril de 1981. O registro possibilitou a associação à Liga Hamburguense de Futebol de Salão (LHFS) e a disputa do campeonato citadino da modalidade. O sucesso esportivo da UJR não demorou a aparecer, com a conquista de quatro edições do torneio entre 1987 e 1993. Foi nesse período que a Prefeitura inaugurou no bairro Rincão o Ginásio Municipal Agostinho Cavasotto. A arena poliesportiva proporcionou, entre outras coisas, um local adequado para a UJR mandar suas partidas no Campeonato Estadual de Futsal.
A virada do século trouxe ao clube uma mudança de diretrizes. A reestruturação de seu planejamento estratégico levou a UJR a investir não apenas no aspecto competitivo, mas também na formação e educação de jovens da região. Hoje, a entidade possui um dos maiores projetos de futsal do Brasil, com mais de 1,3 mil alunos e atletas atendidos no contraturno escolar, com núcleos espalhados por 16 ginásios localizados em Novo Hamburgo, Estância Velha, São Leopoldo e Sapucaia do Sul.
O presidente da UJR, Luís Gustavo de Azeredo, agradeceu a homenagem prestada pela Câmara e salientou o trabalho de todos os profissionais e voluntários que passaram pelo clube ao longo dessas mais de quatro décadas. “A busca da excelência nas atividades, a integração do clube com as escolas, famílias e comunidade e o aperfeiçoamento das equipes de trabalho e gestão tornam a UJR uma entidade que vai muito além do futsal. O esporte, por ser uma atividade prazerosa para crianças e adolescentes, é a ferramenta que utilizamos para o desenvolvimento integral dos jovens envolvidos nos nossos projetos, seja como esportistas, profissionais ou cidadãos. O que começou há mais de 40 anos como um time de futebol de salão, tornou-se um dos maiores projetos de futsal do Brasil. Nem o mais otimista dos nossos fundadores poderia imaginar tal evolução”, exaltou o presidente.
Colaborador da UJR, o psicólogo Everson Vargas definiu o clube como um projeto que pensa no futuro da sociedade. “Quando falamos da UJR, falamos basicamente de amor. O esporte é a ferramenta que utilizamos para chamar o jovem até nós; mas, sem afeto, carinho, cuidado e o entendimento do contexto em que a criança está inserida, de nada adianta uma bola de futsal. Nossa primeira abordagem é sempre saber se a criança está bem, se ela está alimentada. Esse é um movimento de cuidado e carinho que talvez ela não tenha recebido em casa. É um projeto que transforma vidas”, enalteceu.
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