Secretário estadual da Saúde é convidado a prestar esclarecimento sobre greve de terceirizados do Samu

Vilmar destacou que as ambulâncias direcionadas a partir de Novo Hamburgo atendem mais de 500 mil pessoas em diferentes cidades da região, e que a greve deflagrada na segunda-feira impede a triagem correta dos pedidos realizados pela central telefônica. O vereador também lembrou que Schlindwein já foi convidado pela Câmara em outras oportunidades, mas nunca compareceu. “Desde segunda-feira, estamos com o Samu diminuído, em razão da paralisação dos telefonistas e radio-operadores, que recebem o primeiro chamado lá em Porto Alegre e fazem a primeira triagem. O Samu é um serviço essencial, que precisa funcionar 24 horas por dia. O tempo-resposta vai aumentar devido a essa greve, que vale lembrarmos que é legítima, já que eles reivindicam o pagamento de três meses de salários atrasados”, frisou.

O proponente revelou que o Município tem orientado os cidadãos a, quando não tiverem sucesso no contato telefônico pelo 192, tentarem os números 153, 190 e 193, respectivamente vinculados aos serviços da Guarda Municipal, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros. “Mas essa não é a forma correta, pois atrapalha a triagem e impede a garantia da saúde pública a todos os gaúchos”, ponderou. Os vereadores Cristiano Coller (Rede) e Inspetor Luz (MDB) ressaltaram que os funcionários estão com os pagamentos atrasados, mas não por culpa do Estado. Segundo eles, os repasses estão em dia, mas a instituição não tem efetuado o depósito dos vencimentos. “Como essa empresa possui débitos grandes em ações trabalhistas, os repasses foram bloqueados judicialmente”, explicou Luz.

Professor Issur Koch (PP) salientou que esse problema já era previsto desde maio, quando foi publicizado pelos funcionários atrasos constantes no pagamento dos salários. Ele elogiou, contudo, o esforço conjunto para amenizar a situação. “Parabenizo as forças de segurança que absorveram a demanda de acolhimento a esses atendimentos de urgência”, pontuou. Coller também lembrou que o Governo do Estado já sinalizou que fará o pagamento diretamente aos funcionários terceirizados, de forma a garantir a retomada completa do serviço.

Patricia Beck (PPS) questionou, no entanto, a razão de o Estado esperar chegar a esse ponto para então tomar uma medida reparadora. “Fica a lição para que esses problemas sejam resolvidos antes de estourar na população”, finalizou. A sessão da próxima segunda-feira tem início às 18 horas, com transmissão ao vivo pelo canal 16 da Net e pela página da TV Câmara NH no Facebook.