Rua inaugurada próximo à estação Santo Afonso levará o nome de Celestino Killing
Natural de Dois Irmãos, o empresário ficou conhecido em Novo Hamburgo por ter sido o fundador das Tintas Killing. Com 60 anos de história, a empresa é uma das principais produtoras de tintas do país e líder na linha de adesivos para calçados. Com a aprovação em segundo turno, o Projeto de Lei nº 61/2022 retorna agora às mãos da prefeita Fátima Daudt para sanção e publicação.
Líder de governo na Câmara, assim como realizou em sessão especial realizada na noite dia 19 de setembro na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, Ricardo Ritter - Ica (PSDB) voltou a pedir aos colegas parlamentares a aprovação da matéria.
Resumo biográfico
Celestino mudou-se com sua família para Novo Hamburgo ainda criança. Para ajudar nas despesas de casa, começou a trabalhar desde cedo como office-boy, baleiro, jornaleiro e entregador de pão. Impedido de continuar os estudos a partir da quinta série, Celestino buscou aprender com a vida. Trabalhando com um de seus seis irmãos, aproximou-se das áreas de pintura, decoração e elétrica.
Aos 23 anos, fundou ao lado de um sócio a Killing e Dreher, empresa de pintura e manutenção de residências. Dois anos mais tarde, em 1949, deixou a parceria para abrir a L. Celestino Killing, voltada para a confecção de outdoors e pintura de letreiros em fachadas, veículos e painéis de estradas.
Em 1962, deu início à trajetória das Tintas Killing, com foco na produção para o setor coureiro-calçadista. Já com uma década de atuação, mas temendo a queda nas vendas devido ao predomínio do couro cru, decidiu pela aquisição da Tintas Tucano, que atuava nos segmentos imobiliário, metalmecânico e moveleiro. O movimento expandiu ainda mais a marca para o mercado nacional.
Em 2002, após 40 anos de dedicação, Celestino passou o controle da empresa para seus sucessores. Atualmente, a indústria química conta com outras três plantas fabris, com sedes na Bahia, Argentina e México, e um portfólio de aproximadamente 2,5 mil itens. Ao todo, são mais de 500 colaboradores impulsionando uma produção anual de 13 milhões de litros de tinta e consolidando a empresa como a maior fabricante de adesivos para o setor calçadista em toda a América Latina.
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Pai de nove filhos, que lhe deram 22 netos e três bisnetos, Celestino reuniu histórias de sua vida em um livro escrito em coautoria com Simone Saueressig. O empresário faleceu no dia 29 de junho de 2015, aos 92 anos.
Para o projeto virar lei
Para que um projeto se torne lei depois de aprovado em segunda votação, ele deve ser encaminhado à Prefeitura, onde poderá ser sancionado e promulgado (assinado) pela prefeita. Em seguida, o texto deve ser publicado, para que todos saibam do novo regramento. Se o documento não receber a sanção no prazo legal, que é de 15 dias úteis, ele volta para a Câmara, que fará a promulgação e ordenará sua publicação. Quando isso ocorre, é dito que houve sanção tácita por parte da prefeita.
Há ainda a possibilidade de o projeto ser vetado (ou seja, rejeitado) parcial ou totalmente pela prefeita. Nesse caso, o veto é analisado pelos vereadores, que podem acatá-lo, e então o projeto não se tornará lei, ou derrubá-lo, quando também a proposta será promulgada e publicada pela Câmara.