Rua em Canudos levará o nome da professora Eliane Borges
Nascida em 20 de junho de 1955, a caçula da família Lehnen (herdaria o Borges de seu casamento com Ricardo, pai de suas três filhas) concluiu o curso de magistério em 1975, formada pelo Colégio Santa Catarina. No ano seguinte, já aprovada em concurso público, iniciou sua trajetória na rede municipal de ensino, lotada na escola Elvira Brandi Grin, do bairro Rondônia. “Ao longo dos seus anos lecionando, sempre foi muito conhecida por ser exigente. Uma professora linha dura, mas, ao mesmo tempo, amorosa”, relata Ica.
Sua dedicação ao ensino foi recompensada com a indicação para assumir a diretoria da escola. “Em um projeto pioneiro no Município, trouxe a implantação de oficinas politécnicas e laboratórios de aprendizado, depois estendidos a outras unidades da rede. Foram mais de 20 anos trazendo melhorias ao ambiente escolar e à comunidade”, continua o emedebista.
No final de sua vida profissional, ainda assumiria a direção da escola Machado de Assis, no Mundo Novo. Em 2004, concorreu ao cargo de vereadora. Sua contribuição para a vida pública prosseguiu no início da década de 2010, quando liderou a Coordenadoria de Políticas para Pessoas Idosas. “Em 2015, descobriu um tumor no pulmão que fez com que desacelerasse suas atividades. Em 23 de abril de 2019, terminou sua luta para enfim descansar. Deixa um legado de admiração, coragem e energia”, finaliza o autor.
Ex-correligionário de Eliane, Felipe Kuhn Braun (PSDB) resgatou memórias de seu tempo de convívio com a homenageada nas lidas partidárias do PDT. “Ela era uma mulher que tratava muito bem a todos e que carregava valentia e dedicação. Uma pessoa decidida e posicionada, que defendia o que acreditava de maneira ímpar. Ela sempre permanecerá nas nossas doces lembranças, nos nossos pensamentos e nos nossos corações. Foi uma cidadã hamburguense que fez a diferença na vida das pessoas”, classificou o vereador.
Convidada a ocupar a tribuna, a filha Luciana Borges agradeceu a homenagem em nome da família. “Minha mãe era uma pessoa muito especial não apenas para nós, mas para toda a comunidade, por quem ela sempre lutou. Passam os anos e ainda nos impressionamos com o quanto ela era amada e querida. Eventualmente descobrimos algumas boas ações que sequer sabíamos que ela havia feito. Agradeço a todos os vereadores pelo voto favorável”, pontuou.
Aprovado por unanimidade em dois turnos de votação, o Projeto de Lei nº 10/2024 segue agora para avaliação do Executivo.
Para o projeto virar lei
Para que um projeto se torne lei depois de aprovado em segunda votação, ele deve ser encaminhado à Prefeitura, onde poderá ser sancionado e promulgado (assinado) pela prefeita. Em seguida, o texto deve ser publicado, para que todos saibam do novo regramento. Se o documento não receber a sanção no prazo legal, que é de 15 dias úteis, ele volta para a Câmara, que fará a promulgação e ordenará sua publicação. Quando isso ocorre, é dito que houve sanção tácita por parte da prefeita.
Há ainda a possibilidade de o projeto ser vetado (ou seja, rejeitado) parcial ou totalmente pela prefeita. Nesse caso, o veto é analisado pelos vereadores, que podem acatá-lo, e então o projeto não se tornará lei, ou derrubá-lo, quando também a proposta será promulgada e publicada pela Câmara.