Projeto em tramitação permite uso de celular em agências bancárias

por Luís Francisco Caselani última modificação 01/04/2021 14h40
1º/04/2021 – O vereador Gustavo Finck (PP) apresentou projeto de lei na última semana que autoriza a utilização de celulares e outros aparelhos de transmissão e recebimento de dados dentro das agências bancárias da cidade. A matéria permite ligações telefônicas, troca de mensagens e acesso a informações pertinentes às atividades realizadas no interior do estabelecimento. O projeto será agora analisado pela Procuradoria da Câmara. O parecer técnico subsidiará a decisão da Comissão de Constituição, Justiça e Redação a respeito da legalidade da proposta.
Projeto em tramitação permite uso de celular em agências bancárias

Fotos: Jaime Freitas/CMNH

O PL nº 30/2021 também revoga lei municipal de 2011 que proíbe o uso dos dispositivos móveis no interior das agências bancárias durante o atendimento a clientes. Finck argumenta que a existência da norma impede a disponibilização de internet sem fio nos estabelecimentos, dificultando o acesso dos cidadãos a informações. “Atualmente, esse meio de comunicação é o mais usado na vida das pessoas. Muitas vezes, constam no próprio aparelho celular dados importantes de acesso a determinadas contas”, reforça o vereador.

Rótula Plínio Finck

Outro projeto apresentado pelo parlamentar, dessa vez em coautoria com Sergio Hanich (MDB), dá o nome de Rótula Plínio Finck a uma rotatória projetada no entroncamento da rua Joaquim Nabuco com a avenida Doutor Maurício Cardoso, no Centro da cidade. A sugestão apresentada pelos vereadores presta homenagem ao comerciante e empresário conhecido pelas quase cinco décadas à frente do Luna Bar.

Avô de Gustavo Finck, Plínio nasceu em 8 de agosto de 1932 no município de Poço das Antas, no Vale do Taquari. Aos 16 anos, mudou-se para Porto Alegre, onde trabalhou por meia década na montagem de acordeões. Durante sua estadia na Capital, em uma viagem de trem, conheceu sua esposa Lira, moradora de Novo Hamburgo. Foi em um encontro com ela seu primeiro contato com a cidade que o acolheria por mais de 60 anos. Plínio mudou-se definitivamente para Novo Hamburgo depois do casamento, em 1953.

Na cidade, trabalhou em empresas como a fábrica de órgãos Bohn e os Calçados Mônaco. Também atuou na gestão do atual Parque Floresta Imperial. Com o tempo, decidiu se tornar empresário. Fundou a Finck Calçados e, em 1971, adquiriu o Luna Bar. No final da década de 1980, ainda criaria a Sorveteria Luna, dando espaço às sobremesas produzidas ao lado da esposa integralmente com produtos naturais.

“O Luna Bar continuou como o tradicional ponto de café e chope. Mas o Luna não era somente um ponto comercial, como sugere seu nome. Era também um espaço de recreação, integração e de encontro de personalidades e da população em geral. Tornou-se um local de discussões de temas de interesse da cidade de Novo Hamburgo”, relatam os autores. Localizado inicialmente no Calçadão Osvaldo Cruz, o estabelecimento chegou a atender também os cinéfilos que se reuniam no Cine Lumière.

Plínio ainda teria outras contribuições para a cidade, como a doação de bancos à Catedral Basílica São Luiz Gonzaga. Pai de seis filhos, que lhe deram 12 netos e cinco bisnetos, Finck faleceu em outubro de 2019, aos 87 anos, devido a uma diverticulite.

Leia na íntegra o PL nº 33/2021.

Tramitação dos projetos

Quando um projeto é protocolado na Câmara, a matéria é logo publicada no Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL), podendo ser acessada por qualquer pessoa. Na sessão seguinte, sua ementa é lida durante o Expediente, sendo encaminhado para a Diretoria Legislativa. Se tudo estiver de acordo com a Lei Federal Complementar nº 95, que dispõe sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis, e não faltar nenhum documento necessário, a proposta é encaminhada à Gerência de Comissões Permanentes e à Procuradoria da Casa.

Todas as propostas devem passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação e pelas comissões permanentes relacionadas à temática do projeto. São os próprios vereadores que decidem quais projetos serão votados nas sessões, nas reuniões de integrantes da Mesa Diretora e de líderes das bancadas.

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