Projeto defende reserva de vagas para mulheres vítimas de violência em empresas contratadas pelo Município

por Luís Francisco Caselani última modificação 22/10/2021 14h54
22/10/2021 – O Projeto de Lei nº 86/2021, apresentado esta semana pelo vereador Ito Luciano (PTB), determina que os prestadores de serviços contratados pelo Município reservem 5% de suas vagas de emprego para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. A cláusula deverá constar em contratos e editais de licitação. O parlamentar defende a proposta como uma contribuição efetiva para a inserção dessas cidadãs no mercado de trabalho. O texto ainda passará pela análise das comissões permanentes antes da votação em plenário.
Projeto defende reserva de vagas para mulheres vítimas de violência em empresas contratadas pelo Município

Foto: Jaime Freitas/CMNH

“A criação de mais oportunidades de emprego para as vítimas desse tipo de violência permitirá que a mulher tenha mais chances de obter autonomia e independência financeira, não precisando, assim, do auxilio do cônjuge agressor”, justifica Ito. De acordo com o projeto, o percentual deverá ser observado durante toda a vigência do contrato e será aplicado a todos os cargos oferecidos. As empresas deverão comprovar terem empenhado todos os meios cabíveis para cumprir a determinação. Caso as vagas não sejam preenchidas, elas serão revertidas para outras profissionais mulheres. Se aprovada em plenário e sancionada pela prefeita, a norma entrará em vigor 90 dias após sua publicação.

Leia na íntegra e acompanhe a tramitação do PL nº 86/2021.

Tramitação dos projetos

Quando um projeto é protocolado na Câmara, a matéria é logo publicada no Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL), podendo ser acessada por qualquer pessoa. Na sessão seguinte, sua ementa é lida durante o Expediente, sendo encaminhado para a Diretoria Legislativa. Se tudo estiver de acordo com a Lei Federal Complementar nº 95, que dispõe sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis, e não faltar nenhum documento necessário, a proposta é encaminhada à Gerência de Comissões Permanentes e à Procuradoria da Casa.

Todas as propostas devem passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação e pelas comissões permanentes relacionadas à temática do projeto. São os próprios vereadores que decidem quais projetos serão votados nas sessões, nas reuniões de integrantes da Mesa Diretora e de líderes das bancadas.

registrado em: