Projeto aprovado tenta unir produção de hortas comunitárias ao trabalho das cozinhas solidárias

por Jaime Freitas última modificação 09/07/2024 13h43
08/07/2024 – A Lei Municipal nº 3.090/2018 busca estimular em Novo Hamburgo a criação de hortas comunitárias e incentiva o direcionamento de sua produção para o autoconsumo, a comercialização e o abastecimento de entidades assistenciais. Em abril, o vereador Enio Brizola (PT) sugeriu uma série de alterações no texto, com destaque para o acréscimo do aproveitamento da plantação de frutas e hortaliças para o fomento de cozinhas solidárias. Discutida em primeira votação na noite desta segunda-feira, 8, a proposta foi aprovada por 12 votos a um em plenário.
Projeto aprovado tenta unir produção de hortas comunitárias ao trabalho das cozinhas solidárias

Foto: Tatiane Lopes/CMNH

Embora protocolado semanas antes da tragédia climática que assolou o estado, o Projeto de Lei nº 14/2024 ganhou ainda mais força após tudo o que sucedeu à maior enchente já registrada na região. Em Novo Hamburgo, a necessidade urgente de alimentação para as 12 mil pessoas desalojadas da noite para o dia sensibilizou centenas de voluntários que se reuniram justamente em cozinhas solidárias para o preparo de marmitas. A ação deu visibilidade a um serviço que, em menor escala, pode se perpetuar no município.

Vivemos um agravamento da crise climática e das incertezas e inseguranças alimentares pioradas por ela. O Programa de Horta Comunitária é uma forma possível de melhorar as condições de vida nos bairros, criando espaços que estimulem o cultivo de alimentos de forma agroecológica, a integração e socialização entre moradores circunvizinhos, a religação terapêutica das pessoas com a natureza e o resgate dos saberes relativos à produção do próprio alimento, agindo em prol da superação da fome e das condições de adoecimento agravadas pela pobreza alimentar”, defende Enio Brizola.

O projeto de lei também ressalta a importância das hortas comunitárias como estruturas para o fortalecimento de vínculos entre pessoas de grupos prioritários, a promoção da qualidade de vida e a prevenção de enfermidades a partir da redução de quadros de sedentarismo e estresse. A matéria ainda passará por nova votação nesta quarta, 10, antes de seguir para avaliação do Executivo.

O único voto contrário foi do vereador Inspetor Luz (PP), que fez questionamentos ao autor antes da votação e solicitou uma emenda para esclarecer alguns pontos que, segundo ele, ainda carecem de informações objetivas. "Nesta primeira votação, votarei contra", relatou o parlamentar.

 

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A aprovação em primeiro turno

Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.

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