Presidente do Caudeq traz informações sobre a Semana Nacional Combate ao alcoolismo
Tita reforçou que o alcoolismo tem implicações fisiológicas, mas também leva a agravantes sociais, como acidentes de trânsito e violência doméstica.
A Semana Nacional de Combate ao Alcoolismo busca jogar luz sobre o consumo excessivo de álcool, relacionado a 3 milhões de mortes no mundo só em 2016, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde. O mesmo documento mostra que 4,2% dos brasileiros sofre com transtornos relacionados a esse hábito nocivo. E o dia 18 de fevereiro é marcado como o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, data destinada a conscientizar sobre danos e doenças que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar, tanto em homens quanto em mulheres. Mais da metade da população brasileira, 55%, têm o costume, mostra pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), sendo que 17,2% declararam aumento do consumo durante a pandemia de covid-19, associado a quadros de ansiedade graves por causa do isolamento social. De acordo com o levantamento da Ibrafig, uma em cada três pessoas no país consome álcool pelo menos uma vez na semana. O consumo abusivo de bebidas alcoólicas foi relatado por 18,8% dos brasileiros ouvidos na pesquisa. Os dados foram levantados com base na resposta de 1,9 mil pessoas, nas cinco regiões do país. O estudo mostra ainda que, em média, os brasileiros ingerem três doses de álcool por ocasião, o que representa 450 ml de vinho ou três latas de cerveja.
“Fatores que podem desencadear a dependência alcoólica são a predisposição genética, o início precoce do uso, doenças mentais preexistentes, condições culturais como associar o álcool à diversão, histórico de abuso sexual, violência doméstica, curiosidade, insegurança, entre outros”, disse a psicóloga Rosângela Scurssel.
Ela lembra que as consequências do alcoolismo a longo prazo são negativas sobre a saúde física e psíquica e, na maioria das vezes, causam prejuízos graves em todos os âmbitos da vida - laboral, familiar ou social. "Como exemplo, podemos citar a hepatite, cirrose, hipertensão, o aumento do risco de acidente vascular isquêmico, distúrbios sexuais diversos, demência, abstinências severas, depressão, ansiedade e psicoses induzidas pelo álcool”, acrescentou.
Saiba mais:
Um artigo publicado na revista científica Cognitive, Affective & Behavioral Neuroscience aponta que aproximadamente metade dos crimes violentos está relacionada ao uso de álcool. A bebida afeta o córtex pré-frontal, parte do cérebro responsável pela moderação do comportamento e, reduzindo filtros sociais, pode encorajar sujeitos com tendência à agressividade a comprarem brigas repentinas ou agredir filhos e esposa. Na pandemia, esse fator é ainda mais alarmante, sobretudo para as mulheres.
A vereadora Tita destacou também em suas redes sociais um estudo da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) mostrando que entre a faixa etária dos 30 a 39 anos, por exemplo, mais de 35% dos 12 mil entrevistados passaram a consumir doses excessivas de álcool em intervalos curtos.
A parlamentar também destacou que a maioria das pessoas não sabe que o alcoolismo é uma doença. Segundo Tita, existe muito preconceito e ele é originado da desinformação. Existem diversas formas de buscar ajuda. Segue abaixo contatos de locais e grupos de apoio na cidade de Novo Hamburgo:
📌 CAPS AD III Novo Hamburgo
Telefone: (51) 3600-8362
Endereço: R. Visc. de Taunay, 164 - Rio Branco, Novo Hamburgo - RS, 93310-200
📌 Centro De Atenção Psicossocial Álcool E Drogas (Caps Ad)
Telefone: (51) 3527-2343
Endereço: R. Domingos de Almeida, 228 - Centro, Novo Hamburgo - RS, 93510-100
📌 A. A. Grupo Serenidade
Telefone: (51) 3593-7900
Endereço: R. José do Patrocínio, 841 - Rio Branco, Novo Hamburgo - RS, 93310-240