Presidente da Câmara recebe servidores da Justiça Estadual
O Projeto de Lei nº 93/2017 prevê a extinção dos cargos de oficial escrevente, que representam hoje a maior parte da força de trabalho do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). Segundo o Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (Sindjus/RS), caso seja aprovado o fim dos cargos, mais de 3,5 mil trabalhadores ficarão sem possibilidade de progressão na carreira.
“A aprovação do PL vai causar um grave problema de falta de simetria entre cargos de servidores, pois teremos, em um mesmo local de trabalho, realizando as mesmas atividades, trabalhadores com direitos e possibilidades e outros sem nenhuma perspectiva, criando uma situação insustentável para quem hoje atua na Justiça”, informaram os visitantes. Participaram do encontro com o presidente da Câmara os servidores Rafael Barbieri Carniel, Carmine Ávila, Maristela Unfer e Sabrina Barcelos Corrêa.
Sobre a paralisação dos servidores do Poder Judiciário
Contrários à mudança, os servidores do Tribunal de Justiça entraram em greve no dia 24 de setembro. A decisão foi aprovada em assembleia geral, realizada no dia 17 do mesmo mês em Porto Alegre. A manutenção do movimento de paralisação foi aprovada em nova assembleia geral realizada no dia 15 de outubro, também na Capital. Os dirigentes sindicais informaram à categoria acerca das reuniões realizadas com o presidente do Tribunal de Justiça, no sentido de que não houve nenhuma proposta concreta formalizada pela Administração. Os servidores reunidos definiram a continuidade do movimento paredista até que a presidência do Tribunal responda às reivindicações apresentadas pelas entidades representativas. “Não vamos parar a greve somente com promessas. Queremos palavra e compromisso com os trabalhadores, que exigem respeito e dignidade”, salientou o coordenador-geral do Sindjus/RS, Fabiano Zalazar. Outro ponto decidido na assembleia geral foi a realização de encontros regionais nos próximos dias com a presença da direção do Sindjus/RS, para avaliar a greve e debater os próximos passos do movimento.
* Com informações do Sindjus/RS.