Praça no bairro Rio Branco deve levar o nome da fundadora da Padaria Brasil
Aceli nasceu em 3 de junho de 1947 no município de Dois Irmãos. Aos 9 anos, mudou-se com sua família para Novo Hamburgo, fixando residência na zona norte da cidade. Seu pai logo adquiriu uma padaria – hoje Padaria e Biscoitaria São José. Foi lá onde, desde cedo, Aceli deu início a sua trajetória profissional, ajudando tanto na produção como no atendimento no balcão. Em 1964, conheceu Diniz Furlan, com quem casaria cinco anos mais tarde e teria dois filhos.
Em 1º de junho de 1965, o casal deu início às atividades da Padaria e Confeitaria Brasil, já no bairro Rio Branco. Aceli acumulava funções nos setores de compras, atendimento, produção e financeiro. Também se tornaria a primeira profissional de relações públicas do estabelecimento. “Aceli era muito querida na comunidade local, tanto no bairro São José, quanto no bairro Rio Branco. Era uma pessoa de hábitos simples, ética e com uma bondade e generosidade sem iguais. Agia de forma discreta e sem esperar nada em troca, sempre doando e apoiando diversas atividades comunitárias dentro e fora da cidade”, enaltece Raizer.
Aceli faleceu em 5 de abril de 2020, aos 72 anos. “Ela foi um grande exemplo de liderança feminina, colaboradora para eventos comunitários na cidade, sempre do seu jeito, simples e sem holofotes. Atuou no comando da empresa junto com a família e sócios desde 1965, gerando milhares de empregos. Atualmente, são quase 400 colaboradores diretos”, destaca o presidente do Legislativo.
Ao ocupar a tribuna para falar sobre a homenageada, Raizer exibiu um breve vídeo com a transformação pela qual a praça passou após ser adotada pela Padaria Brasil. Ele relatou que, em 2019, quando trabalhava como secretário de Obras, ocorreu um pedido de remoção de uma falsa figueira plantada do local, por estar danificando um prédio. A partir da intervenção, foi constatado que um banheiro público existente era utilizado por usuários de drogas. Conforme o presidente do Legislativo, depois da retirada da árvore e de serem desmanchadas as instalações sanitárias, ficou uma área vazia, sem sentido. Então, foi realizado chamamento público para adoção da Praça do Triângulo. "O espaço foi restaurado e devolvido muito além do que imaginamos", disse, mostrando a pracinha e as melhorias realizadas.
"É muito gratificante deixar o nome dela em um local bem próximo. Hoje eu tenho uma filha de um ano e nove meses que faz uso também da praça. E realmente o espaço ficou bem legal, bonito e é bem aproveitado", citou o diretor e sócio-proprietário da Padaria Brasil, Dênis Furlan, que recentemente verificou que 15 pessoas simultaneamente conseguiam usufruir os benefícios trazidos pela reformulação da localidade.
Emocionado, Dênis Furlan agradeceu a homenagem feita para a sua mãe em nome da família. Em seu pronunciamento, contou aos presentes à sessão plenária o dom que Aceli tinha para se colocar no lugar do outro, de entender a necessidade dos funcionários. Sobre as relações justas que prezava, Dênis relatou o quanto sua mãe despertava admiração de diferentes pessoas.
Entre as virtudes de Aceli, a solidariedade e dedicação ao trabalho e ao próximo foram as mais mencionadas pelos vereadores Tita (PSDB), Felipe Kuhn Braun (PP), Gerson Peteffi (MDB), Ricardo Ritter - Ica (PSDB), Gustavo Finck (PP) e Enio Brizola (PT) em suas falas.
Leia na íntegra o Projeto de Lei nº 69/2021.
A aprovação em primeiro turno
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.