Pai e professor falam sobre situação de greve na Escola Estadual Osvaldo Aranha
"Buscamos dentro desta casa apoio para a comunidade da escola. Estamos incomodados e descontentes com tudo isso que vem acontecendo com o ensino estadual. Nossos filhos estão em casa, perdendo aulas importantes para a formação deles. Não podemos permitir que isso seja um regra. Todos estamos perdendo", lamentou Edson Jorge Louzada, pai de um aluno da Osvaldo Aranha.
O professor Paulo Daniel Spolier (foto) reclamou das dificuldades enfrentadas pela sequência de salários parcelados e atrasados. “Temos clareza das dificuldades do Estado, mas não podemos aceitar que os servidores paguem essa conta. Vivemos o caos na ciência e penúria total dos educadores estaduais. E estar aqui não é só por uma questão salarial, mas de desabafo por todo um descaso com o ensino público por parte do governo", salientou o professor, que ainda comentou que a greve é a última instância possível para protestar.
O vereador Enio Brizola (PT) declarou solidariedade aos professores. "Se hoje existe essa greve é pela falta de interesse do Governo em resolver os problemas do funcionalismo público”, afirmou. De acordo com Felipe Kuhn Braun (PDT), "o Estado passa por momentos difíceis, como todos sabemos, mas ele faz opções de como e onde gastar. É uma pena que a Educação acabe sendo sempre preterida, não sendo prioridade para esse governo".
"Lamento essa situação e jamais vou admitir o parcelamento de salário, mas cabe destacar que vivemos um momento de muita politicagem e devemos aproveitar o próximo ano para fazer uma faxina nos maus políticos e escolher quem quer realmente fazer uma boa política", desabafou Sergio Hanich (PMDB).