Notificação feita pela Codir para retirada de caixa-d’água é atendida uma semana após vistoria

por Maíra Kiefer última modificação 24/02/2021 12h28
23/02/2021 – Após quatro anos de abandono e o risco iminente de queda de uma caixa-d’água enferrujada, com cerca de duas toneladas, a comunidade das proximidades da antiga Fábrica da Cidadania teve seu apelo de remoção do reservatório e da torre atendido. A retirada da estrutura, realizada pela Transportadora Berwanger, começou no final da manhã desta terça-feira, 23, e se estendeu até o meio da tarde. A reivindicação foi acolhida após intervenção da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa do Consumidor da Câmara de Novo Hamburgo (Codir). O grupo, composto pelo presidente Enio Brizola (PT), a relatora Tita (PSDB) e a secretária Lourdes Valim (Republicanos), acompanhado do vereador Ricardo Ritter, o Ica (PSDB), esteve no local na terça-feira de Carnaval, 16, para verificar a situação que angustiava os moradores da região em dias de chuva e ventos fortes. Nessas ocasiões, os vizinhos percebiam rangidos e a movimentação do suporte metálico, situado ao fundo do terreno na rua Bartolomeu de Gusmão, 1300.
Notificação feita pela Codir para retirada de caixa-d’água é atendida uma semana após vistoria

Crédito: Maíra Kiefer/CMNH

Proprietária do imóvel, a Caixa Econômica Federal (CEF) foi notificada pela Codir na semana passada. Tanto a Prefeitura quanto o Ministério Público Federal acompanham a situação para outras providências.

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Após a vistoria da comissão, notificação e divulgação da demanda, a CEF entendeu o risco e tomou providências. Agora, seguiremos acompanhando essa situação, pois existem as outras demandas da deposição irregular de lixo, cercamento e segurança do espaço. Nossa expectativa é de que esses prédios voltem a gerar emprego e ajudar no desenvolvimento econômico da cidade”, explicou Brizola.

Conforme apontou o vereador, o problema do local, cuja área totaliza 17 mil metros quadrados, não se encerra com a resolução dessa questão mais urgente. O espaço, que no passado abrigou também fábricas calçadistas, oficina de automóveis do Município e a Defesa Civil, é cenário de abandono, com edificações depredadas e acúmulo de água em poças, o que acarreta proliferação de mosquitos.

Em nota, a Caixa informou que fez a retirada da estrutura para evitar qualquer possível dano em caso de queda. Embora tenha um laudo atestando a estabilidade, a instituição achou prudente removê-la e reforçou ainda ter o maior interesse em dar solução definitiva à área. A apreensão da comunidade que vive próximo ao terreno e dos integrantes do Legislativo, além da divulgação da situação nos meios de comunicação, pesaram na decisão de realizar o trabalho.

Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa do Consumidor (Codir)