Associação de moradores relata crimes no viaduto Ayrton Senna e cobra manejo da vegetação
Segundo o relato da presidente, pedestres têm sido alvo de assaltos e crimes sexuais tanto na passarela anexa quanto no viaduto. Ela afirma que isso se deve ao descaso com a manutenção do local, especialmente quanto ao manejo da vegetação. Pedidos já foram feitos tanto à Prefeitura quanto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Como não foram atendidos, a própria associação tomou a iniciativa de podar árvores e arbustos – um novo mutirão deve ser realizado neste sábado, dia 23.
“O que a comunidade espera é uma solução. Como não há um manejo ambiental adequado, algumas vegetações servem como barracas verdes para ladrões e usuários de drogas. Seria necessário levantar as copas das árvores e tirar os capões de vegetação rasteira, justamente para dar visibilidade. Estamos pedindo socorro”, clamou Juliane. A associação cogita, inclusive, a celebração de parceria com o Município para adotar a área e providenciar o manejo regular. “Com a vegetação como está, nós temos um facilitador. O que nós queremos é dar visibilidade ao criminoso, para que consigamos avistá-lo de longe. Quando não cuidamos do espaço público, fomentamos a insegurança. O Município está cego para essa realidade”, completou.
O presidente da Coseg, Inspetor Luz (MDB), garantiu que a comissão levará a demanda adiante com uma vistoria ao local, a fim de levantar dados técnicos e pleitear medidas efetivas que contribuam para o fim das ações criminosas. “Também encaminharemos um projeto de sugestão à prefeita para ver a possibilidade de o Município assumir a manutenção daquela área, que tanto transtorno traz para todo mundo”, afirmou o vereador, que foi acompanhado pelo relator Cristiano Coller (Rede) e o secretário Sergio Hanich (MDB). A demanda será estendida ainda à Comissão de Meio Ambiente (Comam) e à Procuradoria Especial da Mulher, em reunião agendada para a próxima segunda-feira, dia 25, a partir das 16 horas, na Sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.
Câmeras de monitoramento
Durante a reunião, a Coseg também analisou o Projeto de Lei nº 29/2018, garantindo o prosseguimento de seu processo legislativo. O texto, assinado por Raul Cassel (MDB), propõe a instituição do Sistema Colaborativo de Segurança e Monitoramento, com o objetivo de auxiliar na elucidação de delitos praticados contra o patrimônio público, bem como em processos de investigação dos órgãos estaduais de segurança pública. Para isso, seriam estabelecidas parcerias, mediante termo de compromisso voluntário, com condomínios, organizações da sociedade civil e pessoas jurídicas para o fornecimento de imagens gravadas por suas câmeras de vigilância. Com o parecer favorável, a matéria já está apta para apreciação em plenário.
O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Comissão de Segurança Pública se reúne às quartas-feiras, a partir das 13 horas, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.