Moradores do Santo Afonso questionam funcionamento da casa de bombas
Os cidadãos ocuparam a tribuna após requerimento verbal da vereadora Lourdes Valim (Republicanos). Na manhã desta segunda, ela e os vereadores Cristiano Coller (PTB), Enio Brizola (PT), Felipe Kuhn Braun (PP) e Gustavo Finck (PP) vistoriaram o local.
Gilvanio José Abreu da Silva lamentou que a preocupação com a estrutura ocorra somente após as tragédias. “Em determinados momentos, percebemos que apenas uma bomba estava funcionando. Sempre na hora da chuva é que vem a preocupação. Por que isso não é fiscalizado antes?”, indagou. Silva afirmou que a Palmeira ficou completamente submersa e lamentou que, mais uma vez, os moradores tiveram grandes perdas. “Não é de hoje que essas bombas estão desleixadas. É de outras administrações. Ninguém da bola pra isso.” O cidadão lamentou ainda a falta de equipamentos e de pessoal da defesa civil.
Residente à rua 15, Cledes Nelson da Silva perguntou quantos vereadores estiveram na Vila Palmeira hoje. “Vocês precisam ir ver o desespero que está aquilo lá. Quero pedir socorro a vocês parlamentares. Toda vez que chove é isso. Deixo aqui um apelo. Por que não tem duas pessoas lá se revezando, cuidando essas bombas?” O morador também questionou informação de que sua rua seria asfaltada.
O presidente Fernando Lourenço defendeu que o bairro Santo Afonso seja melhor assistido pela administração. Enio Brizola garantiu que desde 2021 vem alertando a prefeitura sobre a situação da casa de bombas. “Quero dizer que já está nesta Casa um pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da casa de bombas e já estamos coletando a assinatura dos vereadores, de todos que quiserem aderir. Porque é inaceitável as perdas que a comunidade teve. Uma comunidade trabalhadora que leva anos para conquistar uma casa, mobiliar, e da noite para o dia tem toda essa perda”, ressaltou o parlamentar, informando que já foi feita denúncia ao Ministério Público.
Gustavo Finck lembrou que em 2013 houve uma grande enchente, entretanto as águas não atingiram as casas como ocorreu agora. “A CPI não é para derrubar a prefeita. É para investigar o que aconteceu. Essa Casa tem obrigação de fiscalizar”, asseverou. Também destacou a necessidade de averiguar os contratos existentes para a manutenção dos equipamentos.