Maio Laranja ajuda famílias a observarem sinais de alerta em casos de abuso sexual contra crianças
“A campanha Maio Laranja é importantíssima, é o momento em que mais se fala e se conscientiza sobre isso. E quanto mais difundida a informação, melhor, porque as pessoas podem ficar mais atentas aos sinais das crianças e adolescentes ao seu redor – familiares, vizinhos e comunidade em que se encontram. Coincidentemente, é o mês da Defensoria Pública. O dia do defensor público é 19 de maio. Ela completa 30 anos no Rio Grande do Sul. Cada vez mais a gente busca atuar nessa área de prevenção e de campanhas de informação”, relatou Deisi.
Os números registrados no Brasil escancaram uma terrível realidade. Mais de 31 mil denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes foram feitas ao Disque 100 no ano passado. E esses são apenas os abusos contabilizados. Milhares de outros ficam ocultos, sem que a verdade venha à tona, especialmente porque, muitas vezes, a vítima não compreende ter sido abusada, pela falta de informação sobre o tema ou pelo vínculo com o agressor.
Durante a entrevista, Deisi lembrou que a própria Constituição Federal indica que a defesa do direito da criança e do adolescente é prioridade do Estado. "Em todos os municípios há um defensor público, que vai atender a demandas relacionadas à criança e ao adolescente. E nos centros maiores, a exemplo de Novo Hamburgo, vai haver uma defensoria especializada, da qual sou titular até 30 de maio, me removendo para a Defensoria Especializada em Atendimento à Mulher", acrescentou, enfatizando que, de certa forma, também atende os filhos dessas cidadãs.
Ela explicou que a Defensoria conta ainda com um núcleo especializado de Defesa da Criança e do Adolescente, que fica em Porto Alegre, pensando em ações estratégicas e preventivas para a orientação e educação em direitos, com atuação em escolas para a conscientização de crianças, familiares e profissionais da educação. Segundo ela, a escola é o local em que muitas vezes acaba ocorrendo a proteção dos alunos, pois nela podem ser percebidos os primeiros sinais reveladores da violência.
Denuncie, disque 100!
Confira abaixo a íntegra da entrevista com a defensora Deisi Sartori: