Mães reclamam do encerramento das atividades de psicomotricidade no NAP
Mãe de aluno de 7 anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Dr. Jacob Kroeff Neto, Carolina contou que seu filho era bastante inquieto e ansioso, prejudicando o acompanhamento das aulas e provocando um sentimento de exclusão. Segundo ela, a psicomotricidade, ação pedagógica que busca melhorar o comportamento da criança com seu corpo, proporcionou uma série de melhoras. “Mas este ano ele perdeu o atendimento do NAP. Não quero que ele volte a pensar ser diferente dos outros colegas”, pontuou.
De acordo com as mães, a perda do serviço é especialmente contraproducente às crianças com síndrome de Down. É o que vem sofrendo Andreia, cujo filho de 6 anos, aluno da EMEF Presidente Hermes da Fonseca, apresenta a ocorrência genética. “Ele nunca conseguiu aulas natação ou equoterapia, mas a psicomotricidade o ajudava muito. Sem esse atendimento, fica bem mais difícil. Ele precisa bastante”, afirmou.
O vereador Enio Brizola (PT), que fez o intermédio entre as mães e a comissão – composta por Felipe Kuhn Braun (PDT), Tita (PP) e Nor Boeno (PT) –, disse ter entrado em contato com a Smed e recebido a confirmação da saída da professora responsável e a inexistência de profissional capacitado para reposição. “Não existe previsão de recolocação porque não há concurso para isso. Foi a antiga profissional quem buscou a formação. Fomos informados pela Smed de que o NAP é um complemento, mas é também um serviço que existe há várias gestões. É preciso que se crie uma alternativa”, diagnosticou.
Andreia questionou a falta de planejamento da secretaria em antecipar uma solução para a iminente aposentadoria da professora. “Esperamos que nossos filhos sejam ao menos remanejados para outras turmas para que não percam esse atendimento especializado”, completou Carolina. A Coedu convidará representante da Smed para debater a situação e dialogar pela viabilidade do retorno das atividades de psicomotricidade.
O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Coedu se reúne às segundas-feiras, a partir das 15h, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.