Legislativo aprova projeto que institui Programa de Horta Comunitária
O PL nº 82/2017 estabelece que cada área poderá ser trabalhada por uma pessoa ou por um grupo de pessoas, que deverão ser previamente cadastradas junto ao órgão encarregado pela gerência do programa. Os produtos cultivados poderão tanto ser comercializados pelos produtores quanto atender as entidades assistenciais estabelecidas no Município. A matéria tem como objetivo aproveitar áreas devolutas e a mão de obra desempregada, além de proporcionar terapia ocupacional para homens e mulheres da terceira idade, manter terrenos limpos e utilizados e incentivar a geração de renda complementar, a produção para o autoconsumo e a agricultura social.
O vereador Gerson Peteffi (PMDB) exaltou a proposta de Betinho e aproveitou a temática para pedir guarida aos produtores rurais de Lomba Grande. “Este projeto dará utilidade para terrenos que passam por constantes reclamações por limpeza e manutenção, trazendo benefícios para a nossa cidade. Mas aproveito para lembrarmos que precisamos valorizar a agricultura familiar no nosso Município. Devemos dar valor às pessoas que já são adeptas de iniciativas em molde semelhante”, ressaltou.
Professor Issur Koch (PP) lembrou que já havia encaminhado sugestão no mesmo sentido em 2014, mas garantindo isenção de impostos de propriedade a quem dispusesse terrenos abandonados para a implantação dessas hortas comunitárias. “Este programa resolve diversos problemas, como o de terrenos abandonados. Mas encaminhamos emenda destacando que é necessária a autorização dos proprietários para o uso de terrenos particulares”, informou. A emenda deverá ser analisada durante a segunda votação do projeto, na sessão da próxima segunda-feira, dia 19. O vereador Raul Cassel (PMDB) atentou que se trata de um projeto autorizativo, cabendo ao Executivo tomar a iniciativa de implantá-lo ou não.
A aprovação em primeiro turno
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.