Guarda defende atuação de colegas em episódio no Pronto Atendimento
Dornelles refutou a declaração à imprensa do professor Charles Kielieng, da Universidade Feevale, especialista em segurança. O servidor afirmou que já teve a oportunidade de fazer cursos com o educador e estranhou sua fala em relação ao equipamento utilizado pelos guardas. “A DSK 700 Spark é outro modelo de armamento. Ela funciona em baixa amperagem, não atingindo a corrente elétrica cardíaca, por isso não é letal”, relatou Dornelles, explicando que ele mesmo já sofreu o disparo desse tipo de arma em um treinamento.
Os guardas, segundo o servidor, necessitam também ter preparo psicológico para atender surtos, pois o Município não tem enfermeiros especializados para isso. “A minha intenção é trazer o sentimento do guarda. Eu estava na escola onde trabalho, quando ouvi a colega pedindo apoio. Sabemos quando a situação é grave. Nossa colega foi covardemente agredida, e em nenhum momento colocamos as pessoas em risco”, afirmou. “A colega vai voltar para o PA, porque ela quer trabalhar lá. Se tirarmos a profissional do seu posto, vai parecer que os guardas não tinham razão.”
Patricia Beck (PPS) afirmou que em reunião realizada na tarde desta segunda-feira com a diretora da Guarda Municipal, Luíza Schmidt, o secretário de Segurança, Roberto Jungthon, e dirigentes na área da Saúde os vereadores buscaram informações sobre o ocorrido no Pronto Atendimento.
Professor Issur Koch (PP) relatou um episódio pessoal de quando atuava na Aeronáutica para demonstrar o quão injusto pode ser avaliar uma situação dessas, tendo a informação de apenas um dos lados. Ele agradeceu a participação dos dirigentes da Segurança e Saúde que não se negaram a prestar esclarecimentos aos parlamentares.
Enio Brizola (PT) disse ser contrário a apologia às armas. Ele lamentou a sequência de erros ocorridos no episódio. Sergio Hanich (PMDB) declarou que só irá se manifestar após receber os laudos do paciente atendido no PA.
Dornelles agradeceu a atenção dos parlamentares e esclareceu sua posição quanto às armas. “Não faço apologia, apenas as utilizo como instrumento de trabalho.” O servidor informou que o efetivo da Guarda Municipal é de 220 agentes para atender toda a população de Novo Hamburgo. “Fazemos horas-extras para tentar dobrar o número do efetivo e prestar um serviço de qualidade.” Ele agradeceu ainda àqueles que entendem a presença da Guarda como fundamental para a segurança dos médicos, enfermeiros e demais profissionais que atuam nos serviços de Saúde.