Grupo responsável pela produção de quase 72 mil marmitas a desabrigados recebe moção de aplauso

“Os voluntários proporcionaram não apenas alimento, mas também acolhimento e esperança a milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade ocasionada pelas chuvas”, sensibiliza-se o autor, que também destaca a ampliação da ação para a limpeza de residências e a distribuição de donativos. “Demonstrando um compromisso profundo com o bem-estar e a dignidade dos mais necessitados, eles nos inspiram a construirmos uma sociedade mais justa e fraterna. Que seu exemplo continue a mobilizar outras pessoas a se unirem na causa da solidariedade, transformando positivamente a realidade daqueles que mais precisam”, prossegue Coller.

Da tribuna, o proponente fez questão de citar nominalmente diversos voluntários envolvidos no preparo das refeições, enviadas não apenas para abrigos da cidade, mas também para os municípios de Campo Bom, Canoas, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Porto Alegre, São Leopoldo, São Sebastião do Caí e Sapucaia do Sul. “No país do futebol, a modalidade demonstra sua força também fora de campo. De um grupo de amigos que se reuniam para a prática do esporte, emergiu uma força verdadeiramente heroica para combater seu maior adversário: a fome daqueles que perderam tudo. O grupo original, de seis ou sete voluntários, transformou-se em mais de 200. A produção começou modesta, mas, a partir de doações de alimentos e valores, as coisas começaram a engrenar. O crescimento foi exponencial, chegando à marca de 5 mil marmitas em um único dia”, relembrou Coller.

Seu colega de partido Gustavo Finck também pediu a palavra para ajudar a contar um pouco do trabalho realizado pela equipe. “Acompanhei vários abrigos que precisavam de alimentos e vocês foram, naquele momento, quem ajudou a levar uma comida quentinha, gostosa e bem preparada. Vi o sentimento despendido para fazer o bem ao próximo”, relatou.

Fernando Lourenço (Solidariedade), que dedicou boa parte de seu tempo às ações solidárias concentradas na sede do Atlético Clube Veterano, salientou a intensa colaboração do grupo. “Vocês estenderam a mão para diversos núcleos que estavam ajudando. Nunca deixaram de entregar. Precisamos enaltecer esse magnífico trabalho de todos, doando tempo e deixando de lado filhos, famílias e compromissos para fazerem algo pelo próximo. Isso ficará na memória de cada um de vocês”, ressaltou.

O presidente da Câmara, Gerson Peteffi (MDB), salientou o apoio de todo o voluntariado para amenizar os efeitos da catástrofe climática. “Vocês tiveram um papel fundamental, e nos sentimos honrados com sua presença nesta Casa”, recepcionou-os.

Com a aprovação em turno único, a Moção nº 34/2024 será enviada à Wallau, que disponibilizou sua estrutura para a produção das refeições, e foi entregue em mãos ao voluntário Tiago Nitz, idealizador e coordenador da equipe. “Nossa meta era atingir o maior número de pessoas possível. Todas as marmitas eram preparadas já com destino, para consumo no dia. Trabalhamos de maneira muito séria, para que os recursos doados fossem bem aproveitados. Queríamos ajudar. Não poderíamos ser um problema para ninguém”, explicou Nitz, que agradeceu as doações recebidas e o tempo dedicado por cada um. “Estou aqui hoje representando todos os voluntários, não apenas os que passaram conosco, mas também os que estiveram em outras frentes”, concluiu.

O que é uma moção?

A Câmara se manifesta sobre determinados assuntos – aplaudindo ou repudiando ações, por exemplo – por meio de moções. Esses documentos são apreciados em votação única e, caso sejam aprovados, cópias são enviadas às pessoas envolvidas. Por exemplo, uma moção louvando a apresentação de um projeto determinado no Senado pode ser enviada ao autor da proposição e ao presidente daquela casa legislativa.