Geraldo Haubert vira nome de rua em Canudos
Nascido e criado no bairro São José, Geraldão iniciou sua vida profissional trabalhando em fábrica de calçados. No jornalismo, sua primeira experiência foi na editoria policial. Muito ligado ao futebol, logo se transferiria para a área esportiva, atuando como repórter de campo e comentarista. No rádio, emprestou sua voz às emissoras Cinderela, Regente, Progresso e Felicidade. Na mídia impressa, foi repórter e colunista do Jornal NH por mais de 20 anos.
Em 1998, assumiu a direção e editoria do semanário Tribuna da Cidade. Ao lado de sua esposa, Wanuza, liderou o periódico até seu falecimento, em 21 de novembro de 2018. “Mesmo debilitado pelo problema de saúde pelo qual passava, ainda tentou auxiliar sua esposa para que o Tribuna circulasse naquela semana, sempre em respeito aos seus leitores”, conta Coller. Geraldão tinha 69 anos.
Felipe Kuhn Braun (PP) relatou ter tido a oportunidade de escutar muitas histórias do homenageado. “Hamburguense nato, Geraldão falou sempre com muito amor e paixão da sua cidade. Guardava muitas memórias e as compartilhava com entusiasmo a amigos e ouvintes."
Gustavo Finck (PP) lembrou a parceria com Geraldão em vários cafés nas mesas do Luna Bar. “Fico muito feliz em participar hoje desta linda homenagem a uma pessoa ímpar de Novo Hamburgo."
“Uma homenagem merecida pela grandiosidade de Geraldão, com quem muito dialoguei sobre política durante décadas”, disse Gerson Peteffi (MDB).
“A propositura de dar nome de uma rua a Geraldo Haubert foi de muito bom alvitre, pois algumas lembranças são passageiras e esquecidas”, relatou Inspetor Luz (MDB).
“Este projeto é justo e merecido ao Geraldão, um repórter comprometido com um jornalismo ético, verdadeiro e popular”, frisou Enio Brizola (PT).
“Reconheço o Geraldão como o maior jornalista do nosso meio político até hoje”, enalteceu Ricardo Ritter – Ica (PSDB).
“A pessoa que hoje é homenageada aqui foi meu amigo em particular. No meio político e jornalístico, as pessoas tomam partido de valores e causas, esquecendo o indivíduo, mas o Geraldão não era assim. Ele sempre tratou todos bem, e é isso que vai ficar na minha memória”, pontuou Ito Luciano (PTB).
Viúva de Geraldão e atual dirigente do Tribuna da Cidade, Wanuza Haubert ocupou a tribuna e relatou que Geraldão nunca imaginaria ter seu nome dado a uma rua, ainda mais no bairro Canudos, com o qual mais se identificava. “Eu só tenho a agradecer e dizer que, com certeza, onde ele estiver, está muito orgulhoso, pois sempre foi um hamburguense de coração, um torcedor anilado que teve a satisfação de ver seu time campeão gaúcho em 2017. Eu e minha família estamos honrados por esta homenagem."
Com a aprovação em segundo turno, o Projeto de Lei nº 103/2022 segue agora para avaliação do Executivo.
Para o projeto virar lei
Para que um projeto se torne lei depois de aprovado em segunda votação, ele deve ser encaminhado à Prefeitura, onde poderá ser sancionado e promulgado (assinado) pela prefeita. Em seguida, o texto deve ser publicado, para que todos saibam do novo regramento. Se o documento não receber a sanção no prazo legal, que é de 15 dias úteis, ele volta para a Câmara, que fará a promulgação e ordenará sua publicação. Quando isso ocorre, é dito que houve sanção tácita por parte da prefeita.
Há ainda a possibilidade de o projeto ser vetado (ou seja, rejeitado) parcial ou totalmente pela prefeita. Nesse caso, o veto é analisado pelos vereadores, que podem acatá-lo, e então o projeto não se tornará lei, ou derrubá-lo, quando também a proposta será promulgada e publicada pela Câmara.