Futuros eleitores participam de simulação eleitoral e debates sobre democracia em palestra do TRE
Foto: Moris Mozart Musskopf e Maíra Kiefer/CMNH
Na abertura do evento, a diretora da Escola, Maria Carolina Seitenfus Hagen, agradeceu aos alunos e destacou os principais projetos desenvolvidos pelo braço educacional da Câmara. Palestraram o coordenador do Núcleo de Inovação e Projetos, Rafael Ravazolo e o jornalista e técnico judiciário Jônatas da Costa.
Painel “Democracia e o Voto”
Um dos pontos destacados por Rafael Ravazolo em sua palestra é que, em uma democracia, o poder de decidir pertence ao povo, regime político baseado nos princípios da maioria, igualdade e liberdade. Ao explicar o que é e como funciona uma democracia representativa, ele relembrou a época em que o Brasil excluía segmentos da população do processo eleitoral, como mulheres e pessoas de baixa renda. Para ilustrar, pediu que só os meninos presentes se levantassem de suas cadeiras. Em minoria, ali naquela simulação, os estudantes representaram quem até 1932 tinha direito ao voto.
Atualmente, a população com 16 anos ou mais já pode votar no Brasil. Ravazolo enfatizou a importância do voto consciente, e de estudar os candidatos mais assertivos para representar a voz da população. Ele ainda falou sobre a segurança das urnas eletrônicas, destacando que, antes de sua implementação em 1996, era comum acontecerem erros no processo eleitoral quando ele se dava por meio de cédulas de papel. Desde reformulação do sistema de voto no Brasil, não houve falhas nas auditorias realizadas. O servidor destacou que a urna não tem rede, nem internet, por isso não há como acontecer ataques hackers. “A urna funciona basicamente como uma calculadora”, explicou o palestrante.
Painel “Me Engana Que eu Posto”
Doutorando em Comunicação na UFRGS, Jônatas da Costa atuou na assessoria de comunicação do TRE por 14 anos. Ao falar sobre Fake News e o fenômeno da desinformação, trouxe uma série de exemplos de postagens para os adolescentes, questionando-os se eram verdadeiras ou falsas. Ele explicou a diferença entre votos válidos, nulos e em branco durante uma eleição. Para evitar que os jovens sejam vítimas e disseminadores de desinformações, o profissional elencou a educação como principal solução. O servidor também lembrou que a eleição é um processo comunitário, uma organização da sociedade para a escolha de seus líderes. Por fim, ressaltou que, ao falarmos, seja de forma positiva ou negativa, sobre instituições como o TSE e a Justiça Eleitoral, devemos lembrar das pessoas que trabalham por trás desses serviços e que, acima de tudo, também buscam uma eleição sem fraudes. "As instituições são feitas de pessoas", concluiu.
Votação simulada nas urnas eletrônicas
No final da atividade, os jovens participaram de uma demonstração e simulação de eleições com urnas eletrônicas oficiais. Márcio Freitas, professor do curso de Operação de Processos Logísticos do Senai, ressaltou a importância de discutir questões sociais e políticas em sala de aula, dentro do contexto de cidadania, e de oferecer oportunidades para que os alunos compreendam melhor os processos eleitorais. Eryka Machado, egressa do curso de Logística do Senai, votará pela primeira vez neste ano. “Eu não sabia como era votar, e foi uma boa experiência participar deste processo hoje”, finalizou.
Texto de Gabriela Panassal, estagiária de jornalismo na Gerência de Comunicação da Câmara.
Assista à palestra Lideranças do Futuro ministrada na Câmara recentemente