Fimec eleva Novo Hamburgo à capital mundial do calçado durante realização do evento
“É um prazer ver pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo neste grande elo da cadeia de produção do calçado. O porte deste evento e o volume de oportunidades nos permitem dizer que, de hoje até quinta, Novo Hamburgo é a capital mundial do calçado”, avaliou a dirigente.
Instalada nos pavilhões da Fenac, a maior feira do segmento na América Latina teve em sua abertura também o vice-governador Gabriel Souza, o deputado estadual Issur Koch (PP), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista na Assembleia Legislativa, dentre outras autoridades. O presidente da Câmara, Fernando Lourenço (PDT), e os demais integrantes da Mesa Diretora – o vice Ricardo Ritter – Ica (PSDB), a primeira-secretária Semilda – Tita (PSDB) e o segundo-secretário Darlan Oliveira (PDT) –também acompanharam o começo oficial das atividades. Da comitiva do Parlamento municipal, fizeram parte ainda o presidente da Comissão de Competitividade, Economia, Finanças, Orçamento e Planejamento (Cofin), Raizer Ferreira (PSDB), e o secretário do colegiado, Cristiano Coller (PTB).
“O desenvolvimento da nossa cidade passa pela Fimec, pelo incentivo ao empreendedor e pela inovação. Precisamos acreditar na nossa terra, que é, ainda hoje, a capital do calçado”, disse Fernando em entrevista à TV Câmara.
Assim como o presidente do Legislativo, Ica reforçou o impacto das ideias inovadoras apresentadas durante o evento não só para a indústria do Vale do Sinos, mas de todo o mundo. E explicou que os parlamentares acompanham a Fimec também para buscar subsídios para a construção da quinta edição do Seminário de Desenvolvimento Econômico, promovido anualmente pela Câmara, Executivo e uma série de parceiros, grande parte deles presentes como organizadores da feira internacional. "Precisamos nos adequar, precisamos nos atualizar. A inovação é primordial para o crescimento de qualquer cadeia produtiva", sintetizou o vice-presidente do Parlamento municipal.
Para Raizer, o Legislativo precisa voltar seus olhos cada vez mais para o setor. “Temos o maior cluster do negócio coureiro-calçadista aqui em um raio de 50 quilômetros. Movimenta milhões de reais, atende a muitos mercados. Podemos dizer que reunimos todas as frentes da indústria”, acrescentou.
Em sua manifestação, o vice-governador Gabriel Souza analisou a mudança que a pirâmide demográfica vem sofrendo no Estado ao longo dos últimos anos, com menos jovens na base e cada vez mais idosos na ponta. Diante desse novo contexto, Souza apontou a necessidade urgente de tornar a mão de obra mais qualificada para a indústria 4.0, 5.0 e todas aquelas que ainda virão. “É uma necessidade do Rio Grande do Sul investir mais em educação a fim de poder, com isso, melhorar a qualidade da nossa mão de obra, melhorar a nossa produtividade e a nossa competitividade. Naturalmente, não se fala em melhoria disso tudo, no século 21, sem inovação. O Rio Grande do Sul tem 6% da população brasileira e 12% dos doutores deste país. Temos uma vocação para a inovação, rede de universidades comunitárias, entre as quais se inclui a Feevale e a Unisinos, uma vasta produção acadêmica e científica e uma boa interação com a indústria nesse quesito", finalizou. No encerramento, lembrou que a comitiva de autoridades visitaria ações inovadoras do setor para melhorar a produtividade, competitividade, reduzir custos e ganhar mais mercado.
Sobre a questão do perfil etário dos trabalhadores do segmento, o deputado estadual Issur Koch observou uma particularidade da indústria na região. Segundo ele, mais que gerar emprego e renda, o segmento tem um cunho social por abranger também cidadãos que não seriam absorvidos por outras áreas industriais devido à idade.
Demandas para a região
A capacitação indispensável para os profissionais modernos não foi a única demanda contida nas falas dos presentes. Em seu discurso, Issur Koch trouxe a pauta da tributação e a necessidade de melhorias nas áreas de infraestrutura e logística, tais como os avanços que o projeto do porto de Arroio do Sal poderia trazer ao segmento e à economia gaúcha como um todo. Para ele, a precariedade da BR-116, por exemplo, pode afugentar empresários, que buscarão alternativas melhores em outros estados.
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