Escolas técnicas e de tempo integral do Ensino Médio são temas de debate na Câmara
Helenise explicou que o Estado possui oito escolas técnicas nos municípios de Portão, Campo Bom, Dois Irmãos, São Leopoldo, Montenegro e Taquara. No total, são atendidos 4.800 alunos. “Infelizmente, não temos mais escolas técnicas aqui em Novo Hamburgo”, lamentou a coordenadora. No passado, esse tipo de ensino era disponibilizado nas escolas 25 de Julho e Alberto Pasqualini.
Os cursos oferecidos são: contabilidade, eletrotécnica, informática, eletromecânica, agropecuária, técnico florestal, química, design de móveis, móveis, mecânica e meio ambiente. “A escola técnica é uma escolha do aluno, que está planejando o seu projeto de vida na área desejada. É sucesso garantido quando ele escolhe o que quer fazer, já se preparando para o mercado de trabalho. Possibilita a prática profissional, em excelentes laboratórios. O aluno acompanha as tendências do mercado e desenvolve o exercício da cidadania e a capacidade para progredir”, ressaltou a coordenadora.
Além desses cursos, o Estado ainda disponibiliza o Normal, também conhecido como Magistério, que prepara os estudantes para serem professores. "É um curso profissionalizante oferecido em sete escolas da região: Barão, Feliz, Igrejinha, Novo Hamburgo – no Colégio 25 de Julho – São Leopoldo, São Sebastião do Caí e Sapiranga.
A responsável pela CRE informou que o Estado tem três escolas de ensino médio de tempo integral, de oito horas, na região. São nos municípios de Campo Bom, Sapiranga e Montenegro. Ao ser questionada pelo vereador Cristiano Coller (Rede) sobre a construção de uma escola técnica no bairro Santo Afonso, Helenise respondeu que não está ciente do assunto porque deve ter sido uma discussão anterior a sua chegada à CRE, mas que vai buscar informações. O parlamentar também questionou sobre a possibilidade de disponibilizarem ensino fundamental na Escola Estadual de Ensino Médio Maurício Sirotsky Sobrinho. A coordenadora não negou a possibilidade e adiantou que a referida escola está na lista para a possível instalação de ensino médio de turno integral. "O colégio tem quase 300 alunos e está sob avaliação. Espero ter uma resposta positiva", adiantou Helenise.
A vereadora Márcia Glaser (MDB), que também é professora aposentada da rede municipal, quer saber como está a migração de alunos para a rede estadual. Helenise respondeu que, neste ano, Novo Hamburgo precisa de muitas vagas na educação infantil. “Houve uma necessidade de estreitar laços e fazer um estudo sobre a continuidade do ensino quando acabam as séries na rede municipal. Nós não temos problemas de vagas de ensino médio aqui no Município. Garantimos a vaga, mas não a escola”, apontou.
Enio Brizola (PT) falou sobre a ampliação do ensino fundamental no Município, em especial nos bairros Rincão, Petrópolis e Boa Saúde. Segundo o parlamentar, não há escola de ensino médio nesses locais. “Atualmente, temos de conduzir os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente João Goulart para a Escola Estadual de Ensino Médio Dom Pedro II. Como estão as tratativas?”, indagou o petista. Helenise disse que a coordenadoria deve acolher os alunos, dar continuidade e trabalhar em prol da educação. As quatro turmas já estão disponíveis na Dom Pedro, cabendo aos pais decidir para que as vagas sejam disponibilizadas.
Patricia Beck (PPS) falou que ficou impressionada com a infraestrutura da Escola Estadual de Ensino Fundamental Jair Henrique Foscarini. Ela destacou que a escola foi reformada recentemente, recebeu grande investimento do Estado, mas apresenta salas vazias, com poucos alunos. A vereadora questionou sobre a possibilidade de abrir ensino médio na instituição. “Precisamos ter número suficiente de alunos. Não é tão simples, mas não é impossível, a instituição precisa cumprir alguns critérios, como possuir laboratórios e bibliotecas específicas do ensino médio”, disse a coordenadora. Patricia perguntou, ainda, por que os alunos da EMEF Salgado Filho só podem ser direcionados para o Instituto Estadual Seno Frederico Ludwig (CIEP). Segundo a vereadora, muitos preferem abandonar a escola a ir para lá. Helenise se comprometeu a verificar outra possibilidade para evitar a evasão escolar.
Sergio Hanich (MDB) parabenizou a coordenadora pelas explicações. Helenise agradeceu e disse que, em dezembro, completa oito anos como responsável pela 2ª CRE. Professor Issur Koch (PP) também agradeceu a presença da coordenadora.
Vladi Lourenço (PP) pediu uma atenção especial para o Colégio Estadual Engenheiro Ignacio Christiano Plangg, em Canudos. Segundo o parlamentar, a escola está com classes quebradas, pintura descascada e quadros em mau estado de conservação. “Eu posso dar uma atenção especial, mas já adianto que a direção da escola recebe uma verba para fazer este tipo de melhoria”, ressaltou.
Como se dá o acesso à escola técnica?
O processo seletivo se dá através de matrícula na escola pública no site da Secretaria Estadual de Educação: www.educacao.rs.gov.br/matriculas. Helenise explicou que, nesse endereço eletrônico, estão disponibilizadas todas as informações sobre os cursos ofertados, editais, prazos e formas de seleção – se por sorteio ou prova. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3591-2600.
CRE em números
Atualmente, estão sob a responsabilidade da 2ª CRE, em 38 municípios do Rio Grande do Sul, 165 escolas, 72 mil alunos, 5 mil professores e 1,2 mil funcionários.