Dirigentes do Grêmio Atiradores relatam luta pela retomada de sua sede social
O gestor do Grêmio Atiradores, Marcos Bock, ressaltou que a equipe jurídica da agremiação já conseguiu vitória significativa no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2018, quando não foi reconhecida a legitimidade da parte adquirente. O clube busca agora uma audiência conciliatória para que os compradores possam honrar o contrato de compra e venda, saldando a dívida, ou então devolvendo a posse do imóvel. No último sábado, dia 17, a situação foi detalhada aos associados em seminário estratégico promovido pela instituição.
“Deve-se honrar o contrato que foi feito. O primeiro comprador adquiriu o imóvel, pagou uma ou duas parcelas e passou para um segundo, que fez o mesmo para o terceiro. Hoje temos uma decisão no STJ favorável ao Grêmio Atiradores. Com esse documento em mãos, podemos afirmar que o prédio é da instituição. Confiamos que a justiça será feita e que se devolva a sede para seus verdadeiros donos, que são as pessoas que moram na cidade de Novo Hamburgo, defendeu Bock.
Presidente do Grêmio Atiradores, Sabrina Wildner destacou o empenho da atual gestão em proporcionar a retomada do orgulho dos associados com o clube e seus 127 anos de história. “Estamos buscando melhorias e novos membros. Já temos um crescimento visível nesses últimos dois anos. É um clube que está ressurgindo na sociedade hamburguense”, definiu. A mandatária ainda elencou reformas realizadas na sede campestre da entidade e explicou a importância do retorno do antigo prédio para as atividades sociais. “Este é um clube importantíssimo para a cidade. A sede central não é só um bem, mas representa parte da história. Nossa meta não é apenas recuperar, mas reativar a sede. Queremos retomar essa parte da história do clube. É uma questão de honra para a atual gestão”, garantiu.
O vice-presidente administrativo do clube, Samuel Hennemann, contou que as recentes notícias geraram diversos comentários positivos e saudosistas. “Notamos que a sede social não está morta. Ela está muito bem viva na memória dos hamburguenses. Por isso que uma das nossas prioridades é recuperar essa sede, que também é da população de Novo Hamburgo”, frisou. Sócio do clube há 41 anos, o vereador Cristiano Coller (Rede) disse ter ficado feliz com a evolução do processo judicial. “Lá dentro tem uma grande parte da nossa história. É triste não podermos sequer pegar nossos troféus para levarmos para a sede campestre”, comentou.
Felipe Kuhn Braun (PDT) foi outro que disse contente com as notícias. “Além de uma conquista para os sócios, é um ganho para toda a cidade. Sabemos que é um trabalho de várias mãos que faz com que o clube melhore a passos largos”, pontuou. A presidente Sabrina destacou que o clube conta hoje com 24 funcionários. “Não se trata apenas de abrir a sede, mas gerarmos empregos e resgatarmos a história de Novo Hamburgo”, complementou. Patricia Beck acrescentou também os empregos indiretos proporcionados pelas constantes melhorias implementadas na sede campestre. “Quero parabenizá-los pela garra em levantar o clube e trazer as famílias para dentro da instituição. Vocês têm proporcionado um resgate de vida social que poucos têm coragem de fazer”, elogiou.
O presidente da Câmara, Raul Cassel (MDB), contou que há quatro anos um grupo de parlamentares agendou uma reunião com a juíza responsável pelo caso para agilizar seu andamento. “Fizemos isso por acreditarmos nos clubes, que só existem pela benemerência de muitas pessoas. Queríamos evitar que o processo entrasse em uma morosidade judicial. A verdade é que a sede caiu nas mãos de estelionatários. Não foi tão célere assim, mas parece que os encaminhamentos são positivos, embora ainda caibam desdobramentos”, concluiu o parlamentar.