Diretor presta esclarecimentos sobre situação financeira da Comur

por Jaime Freitas última modificação 25/04/2017 14h38
24/04/2017 – Atendendo ao requerimento nº 292/2017, de Raul Cassel (PMDB), o diretor da Comur – Companhia Municipal de Urbanismo, Joel Gross, compareceu à sessão ordinária desta segunda, 24, para falar sobre prejuízos que a companhia vem tendo, conforme noticiado na mídia local. Nos últimos anos, o caixa da companhia, que é responsável pela seleção, por meio de concurso, e pela gestão dos funcionários que prestam serviços a diversas secretarias municipais, fechou no vermelho. Em 2015, o prejuízo foi de mais de R$ 1,5 milhão. No ano passado, fechou em R$ 2.295.096,11 negativos.

“Soubemos, pela prestação de contas oficial do Poder Executivo publicada em jornais no final do mês de março, dos prejuízos que a Comur vem tendo. O objetivo de sua convocação é receber esclarecimentos sobre esse rombo nos cofres públicos bem como saber quais medidas estão sendo tomadas para buscar reverter essa situação”, destacou Cassel.

Segundo Joel Gross, a inadequação de alguns contratos feitos com a prefeitura é o que gerou esses prejuízos, como o de mais de R$ 2 milhões (conforme balanço de 2016), que decorre, conforme aponta, de contratos que desobrigavam a contratante (prefeitura e suas secretarias) de arcar com alguns gastos. “São duas questões em que identificamos erro nos contratos e que causaram esse problema. Primeiro, o dissídio pago pela prefeitura correspondia somente à inflação, sem acréscimo do aumento real. E, além disso, no caso da Secretaria de Educação (Smed), os servidores pelo contrato não deveriam receber no mês de janeiro, já que as escolas fecham. Mas a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) proíbe isso”, esclarece o diretor, que ressaltou que essas diferenças de valores pagos saíram dos cofres da companhia, não da Prefeitura.

Fernando Lourenço (SD), Gabriel Chassot (Rede), Enfermeiro Vilmar (PDT), Issur Koch (PP), Nor Boeno (PT) e Sergio Hanich (PMDB)  questionaram o secretário sobre diferentes temas, como a arrecadação da Comur, otimização no uso da Faixa Nobre e ações que serão tomadas para evitar prejuízos futuros.

Gross ressaltou que os problemas identificados se referem à gestão anterior da Comur, e que os contratos ainda em vigor vão ser corrigidos. “Estamos pedindo o realinhamento de todos os 14 contratos que estão vigentes, porque temos de repor valores”, explica. O diretor também informou que a companhia acumulava lucro com a Faixa Nobre. Porém, com uma mudança na legislação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), os fiscais ficaram impedidos de aplicarem multas, o que impactou na geração de caixa e no acúmulo de prejuízo com a atividade.

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