Diretor de Cultura rebate críticas e confirma classificação de Novo Hamburgo em edital do audiovisual
Pilar afirmou que as declarações de Borges de Medeiros são infundadas, já que, na data em que ele esteve na Câmara, o resultado do edital ainda não havia sido divulgado. A publicação ocorreu apenas em 7 de novembro. “Novo Hamburgo tem se dedicado com afinco na busca de recursos e oportunidades para o desenvolvimento da nossa cultura. Nossa participação nos Arranjos Regionais 2025 é resultado de um esforço técnico robusto e de planejamento estratégico, fundamentais para garantir investimentos cruciais em nossa região. Ressaltamos que esse edital, como todo processo público federal, segue regras restritas e cronograma definido exclusivamente pelo Ministério da Cultura. A Secretaria atua apenas como proponente, e não como divulgadora ou gestora dos resultados oficiais do governo federal”, explicou Pilar, reforçando que a acusação feita pelo agente cultural é inverídica. O gestor destacou ainda o trabalho técnico e o comprometimento dos servidores da Secult.
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O líder de governo Giovani Caju (PP), autor do convite, afirmou que o objetivo foi esclarecer os fatos à comunidade. Ele também destacou o trabalho do secretário Ângelo Reinheimer e da equipe da Cultura.
A vereadora Professora Luciana Martins (PT) parabenizou o diretor pela conquista e questionou sobre o aporte previsto para o município.
Pilar informou que a prefeitura deverá oferecer uma contrapartida de R$ 600 mil para um investimento de R$ 2,4 milhões do MinC. Segundo ele, os recursos serão captados junto à iniciativa privada por meio de leis de incentivo fiscal. Do total, R$ 528 mil serão destinados a editais em três eixos, e o restante ao pagamento do agente financeiro. “Temos hoje uma diretoria de captação de recursos que já está atuando nisso. Nossa ideia é que toda contrapartida seja feita por meio da busca de recursos, e não diretamente dos cofres públicos”, finalizou.
Confira o resultado preliminar do edital
O edital Arranjos Regionais tem como objetivo estimular o desenvolvimento e o fortalecimento das cadeias produtivas locais do audiovisual, descentralizando recursos e consolidando políticas complementares entre estados e municípios.
A chamada pública foi destinada exclusivamente a órgãos e entidades culturais públicas, como secretarias, fundações e empresas estatais. Inicialmente, o investimento previsto era de R$ 300 milhões, ampliado para R$ 542 milhões com suplementação de R$ 242 milhões, reforçando o setor em todas as regiões do país.
Entre os municípios, puderam participar apenas capitais e cidades que acessaram recursos dos Arranjos Regionais entre 2014 e 2018. O edital recebeu 43 propostas, sendo 18 de entes municipais e 25 estaduais, das quais 37 foram classificadas e 6 desclassificadas. Com o aporte adicional do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), o programa vai apoiar 261 longas-metragens, 80 telefilmes, 89 obras seriadas e 129 projetos de comercialização e distribuição.