Diretor da Fundação de Saúde justifica sindicâncias como instrumentos de avaliação
“Sindicância nem sempre é uma situação ruim, mas a maneira oficial de pôr em ata questões a se avaliar e investigar. É um instrumento que utilizamos para esclarecer”, sintetizou Fontoura. Sobre o caso específico questionado pela comissão, ele relatou que, como foi formada uma equipe nova de cirurgiões, admitidos mediante concurso público, alguns métodos implantados causaram certo estranhamento nos profissionais assistentes. “Fizemos a sindicância, inclusive com observação em bloco cirúrgico, para acompanhar os procedimentos. O resultado foi que não havia nada fora de conduta”, emendou.
O diretor informou ainda que a FSNH instituiu uma comissão para a avaliação mensal das cirurgias cardiovasculares. Embora os riscos de mortalidade sejam inerentes à complexidade dos procedimentos, que envolvem peito aberto e circulação extracorpórea, os índices registrados no Hospital Municipal estão dentro do que preconiza o Ministério da Saúde, segundo revelou Fontoura. A reunião contou ainda com a participação do diretor do Instituto de Tratamento Cardiovascular, Luiz Antonio Marques. Ele destacou que cabe a sua empresa, conforme contrato assinado com a FSNH, a realização de consultas, exames e intervenções cirúrgicas de menor complexidade.
O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Comissão de Saúde se reúne às segundas-feiras, a partir das 16h30min, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.