Criada Frente Parlamentar em defesa de eleições diretas para presidência da República
Naasom Luciano (PTB) lembrou que o país vive momentos políticos e sociais muito difíceis. “É lamentável vivermos uma situação como essa. Não podemos passar por uma nova insegurança política, mas precisamos resolver o mais rápido possível esse ambiente hostil. A oportunidade em criar essa frente é para lutar na busca em devolver ao povo a chance de escolher um novo ou uma nova presidente. Esse congresso nacional que está posto não tem moral para escolher o novo representante do poder executivo”, afirmou.
Enfermeiro Vilmar (PDT) defendeu a criação da frente parlamentar, declarando que ela é de suma importância. “As eleições diretas são a melhor forma para escolhermos os nossos representantes. Somente com uma escolha direta pode-se mudar a realidade atual brasileira.”
Inspetor Luz (PMDB) posicionou-se contra, por entender que haveria um descumprimento da Carta Magna brasileira, citando o artigo 81 da Constituição Federal. “O poder emana do povo pelo povo, como diz a nossa constituição, mas é preciso lembrar que essa regra deve valer dentro da Lei maior, que não prevê essa condição proposta pela Frente”.
Sergio Hanich (PMDB) lembrou que o presidente Temer ainda não perdeu o cargo e que, nessa condição, não é possível defender uma eleição direta, mas declarou que iria votar favoravelmente, caso aja um mudança no Poder Executivo.
Patricia Beck (PPS), como presidente do Legislativo, não pode votar pela criação da frente, mas ocupou a tribuna para se manifestar sobre o momento político brasileiro. “Que política queremos para o Brasil? Penso que é hora do povo participar das discussões da reforma política. Essa sim é prioridade. É muito complicado hoje pensar o que se quer de um presidente. A reforma política é fundamental. Chega de pensar política como politicagem”, defendeu.
Issur Koch (PP) posicionou-se à favor da Frente. “Gostaria de deixar claro que a reforma política está na mão do eleitor e nas decisões de cada um. Está na hora desse eleitor parar de votar em 'ficha-suja' e escolher melhor seus representantes”, declarou.
Raul Cassel (PMDB) também manifestou voto favorável à Frente. “Eu penso que as pessoas estão preocupadas em defender o seu 'corrupto preferido', quando todos nós deveríamos defender o nosso país, que está vivendo crises em cima de crises”, relatou.
Para Felipe Kuhn Braun (PDT), o momento ruim reflete-se em todos as esferas de governo. “A corrupção é endêmica. Nas delações e gravações aparecem muitos nomes, de diferentes segmentos sociais, públicos e privados. Que consigamos aproveitar a oportunidade para uma transformação na sociedade. Defendo eleições diretas, mas sem a participação de nenhum dos envolvidos nas investigações policiais em andamento no país”, concluiu.