Coordenador apresenta trabalho da Defesa Civil em Novo Hamburgo
Segundo o coordenador, o início da gestão da prefeita Fátima Daudt simbolizou uma ampliação do departamento. De quatro integrantes ao final de 2016, a equipe hoje é composta, além de Fonseca, por um chefe de Defesa Civil, dois engenheiros (acionados especialmente na determinação de situações de risco), três agentes e três estagiárias. Entre 2017 e 2020, o órgão realizou 1,5 mil atendimentos.
“É muito importante a existência de uma Defesa Civil organizada, treinada, equipada e com vontade de auxiliar o próximo. A nossa função é basicamente emitir pareceres, atender a comunidade, dar resposta para situações de emergência e também fazer ações de prevenção, reconhecendo situações de risco e trabalhando para mitigar ameaças. As defesas civis dos municípios têm que se manter fortalecidas e organizadas porque é nas cidades onde ocorrem os problemas”, explicou.
Fonseca conceituou defesa civil como o conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas a evitar desastres e minimizar seus impactos para a população, restabelecendo a normalidade social. Ele salientou que os principais momentos de atuação do órgão ocorrem durante situações provocadas pelo clima. “Sempre que ocorrem essas variações, principalmente envolvendo ventos fortes e grande precipitação, a Defesa Civil é muito importante para fazer o monitoramento”, alertou.
O coordenador resgatou ainda eventos climáticos que demandaram a atuação da Defesa Civil ao longo da última década, como a inundação de agosto de 2013, o ciclone bomba de janeiro de 2014 e a enxurrada de março de 2019. “Esta última motivou uma decretação de situação de emergência no município, com todos os córregos e cursos d’água extravasando. Obtivemos o reconhecimento federal do decreto, e muitas famílias conseguiram inclusive fazer o saque do FGTS”, recordou.
Como o órgão trabalha muito com prevenção, uma das funções desempenhadas é no mapeamento de áreas de risco. Conforme Fonseca, Novo Hamburgo conta com 53 regiões identificadas. “Temos um trabalho em fase inicial que é a criação de núcleos de proteção e defesa civil nos bairros, e os três primeiros núcleos que temos a pretensão de estabelecer ainda este ano são na região norte da cidade. Precisamos que a própria população nos ajude a monitorar. Queremos formar três turmas, cada uma formada por cinco integrantes, que nos multiplicarão nos bairros”, detalhou o coordenador.
Morador da região, Darlan Oliveira (PDT) reiterou que a zona norte da cidade já teve vários casos de deslizamento. “É uma localidade perigosa”, atestou. Enio Brizola (PT) corroborou o estudo da Defesa Civil. “É uma cidade com muitos pontos de risco. Toda vez que estamos sob alerta, eu me lembro dessa área da cidade, onde já tivemos registros lamentáveis”, comentou. Ricardo Ritter – Ica (PSDB) mencionou que o órgão é sempre lembrado quando há ameaça de mau tempo. “Quanto menos serviços vocês tiverem, melhor”, resumiu.
Ao término de sua participação, Fonseca reiterou que a Defesa Civil não é um órgão executivo. “Nossa função é ir aos locais, verificar e dar encaminhamento. Em Novo Hamburgo, fazemos um pouco mais. Quando podemos, resolvemos o problema. Mas nossa principal função é identificar e registrar”, informou. Com sede na rua Bento Gonçalves, 610, no bairro Pátria Nova, a Defesa Civil atende em horário comercial pelos telefones (51) 3587-7863 e (51) 3097-9408. A equipe também pode ser acionada pelos números (51) 98058-9979, (51) 98013-9178 e (51) 99707-9954.