Comissão recebe carta aberta de profissionais da cultura
A carta, conforme Rodembuch, representa a voz de alguns dos artistas da cidade, que vêm enfrentando muitas dificuldades devido aos decretos de fechamento dos espaços culturais e escolas de dança. “Muitos lugares já estão fechando, pois não têm condições de arcar com aluguéis sem a renda de eventos e outras atividades que costumavam realizar. Na ParaNoia (espaço cultural que dirige), alguns pais permanecem pagando as mensalidades das aulas e cursos, mas nem todos podem contribuir neste momento em que também estão com suas rendas prejudicadas. E isso acontece com todos as escolas”, afirmou.
Dentre as solicitações está a implementação imediata de editais propostos pelo Conselho Municipal de Política Cultural, já publicados e encerrados no mês de maio. O produtor alertou, porém, que, devido à burocracia e exigências, esse tipo de política não atende a todos os fazedores de cultura e citou a cidade vizinha de Sapiranga como exemplo de ação destinada em apoio aos artistas locais.
Outra ideia é a contratação emergencial, em parceria com a Secretaria de Educação, para a elaboração de conteúdos audiovisuais destinados às escolas públicas com atividades à distância. Para a manutenção dos espaços, a sugestão é o pagamento de auxílio emergencial para o custeio de aluguéis e manutenção de empregos, por meio de contrapartidas empenhadas para o período pós-pandemia, como bolsas de estudo a estudantes carentes, atividades extracurriculares e apresentações em instituições do Município.
O presidente da Coedu, Felipe Kuhn Braun (PP), e a relatora, Tita (PSDB), receberam o documento e comprometeram-se a intermediar o pleito da categoria junto à Secult. O grupo de trabalho é formado ainda por Nor Boeno (PTB).