Comissão de Segurança acompanha situação da EEEF Kurt Walzer
Fainello explicou que a depredação do patrimônio ocorre pelas mãos de crianças e adolescentes. “Tivemos muitas ocorrências ao longo do ano. Já aconteceu de chegarmos pela manhã com vidros quebrados e pedras grandes dentro das salas de aula. É revoltante vir trabalhar e encontrar uma escola depredada, pichada”, relatou. Mais do que o cuidado com o patrimônio, Fainello salienta que a preocupação é com a influência que o clima de insegurança gera no ambiente pedagógico. “É uma escola com uma área grande, mas que não conseguimos utilizar em sua totalidade. Não podemos liberar os alunos para o pátio, por exemplo, em função da segurança deles. Sem contar que alguns alunos vão para o intervalo e não retornam. E é um pátio que poderia ser muito bem utilizado pedagogicamente”, completou.
O diretor contou que algumas medidas já estão sendo tomadas para impedir casos de vandalismo, como a instalação de telas de proteção. O principal objetivo, no entanto, é conseguir verba para a colocação de um muro no perímetro do terreno, substituindo o cercado de arame. Fainello entende que esse limite físico já seria suficiente para impedir o acesso de não alunos. “Muitos pais não querem matricular seus filhos aqui em razão da preocupação com a questão de segurança. Com o muro, já conseguiríamos, pelo menos, utilizar a quadra para as aulas de Educação Física”, comentou. A EEEF Kurt Walzer possui 183 alunos, divididos em turmas do 6º ao 9º ano.
Casa do Brigadiano
Nos fundos da escola, há uma pequena residência que costuma hospedar policiais militares. A casa, porém, está desocupada desde a metade de 2016, quando o último brigadiano que morou ali deixou a corporação. O local também apresenta paredes pichadas, portas arrombadas e vidros quebrados. “Recebemos o retorno de que há um PM interessado em habitar a residência. Estamos dispostos a auxiliar na reforma. A simples presença de um brigadiano na área da escola já inibiria o vandalismo”, pontuou.
Presidente da Comissão de Segurança Pública, Enio Brizola colocou o Legislativo à disposição da direção da escola para ampliar o diálogo com o Estado e buscar soluções para os problemas. “Ficamos muito impactados com o que vimos aqui, a depredação da escola, o estado da Casa do Brigadiano. Juntaremos a força da comissão e levaremos a demanda a mais alguns vereadores. Buscaremos agendamento com a Brigada Militar e com o Conselho Tutelar. Mobilizaremos todas as forças possíveis para que os professores tenham condições de lecionar. São alguns poucos alunos que vulgarizam essa escola. Não podemos permitir que essa situação persista”, concluiu.
Parecer favorável
No início da tarde de quarta-feira, 30, a Comissão de Obras, Serviços Públicos e Mobilidade Urbana analisou e aprovou a continuidade da tramitação de duas matérias, que já haviam recebido parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. O Projeto de Lei Complementar nº 7/2017, de autoria do vereador Enfermeiro Vilmar (PDT), propõe a inclusão, entre os encargos das empresas operadoras de transporte coletivo, a obrigação de instalar botões de pânico no interior dos ônibus municipais, em local de fácil acionamento para motorista e cobrador, mas invisível aos passageiros. A ideia é garantir maior segurança aos profissionais e aos usuários.
A comissão também concedeu parecer favorável ao Projeto de Lei nº 96/2017. Apresentada pelo vereador Raul Cassel (PMDB), a matéria atribui o nome Gernó Affonso Eltz a uma via pública sem denominação oficial no loteamento Santa Catarina, no bairro Lomba Grande. A via, que tem início na rua 18 e segue em direção sudeste até a rua Olício Silveira de Souza – sendo a quarta rua paralela ao norte da rua Ernesto Ricardo Brock –, presta homenagem a um cidadão que dedicou grande parte de sua vida profissional ao setor coureiro-calçadista e alcançou grande destaque na cena cultural do Município como cantor e compositor em corais e na cena esportiva, como atleta de futebol e bolão.
O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes.