Comissão de Meio Ambiente visita aterro sanitário e busca alternativas para reduzir envio de resíduos
Participaram da visita o presidente da comissão, vereador Ricardo Ritter – Ica (MDB), o relator Nor Boeno (MDB) e a secretária Deza Guerreiro (PP). O grupo foi recepcionado pelo coordenador da unidade, Diemeli Tesseli e pelo engenheiro civil Wagner Gross, supervisor operacional, e tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura e os processos de destinação e valorização dos resíduos sólidos.
“O objetivo da Comam é compreender toda a cadeia de resíduos e fomentar uma grande campanha de conscientização ambiental em Novo Hamburgo, incentivando a separação correta e o descarte regular”, destacou Ica. Desde o início do ano, a comissão tem fiscalizado ecopontos da cidade, a Central de Triagem da Roselândia e cooperativas de reciclagem como a Univale e a Coolabore.
Custos e impacto para Novo Hamburgo
Atualmente, o Município de Novo Hamburgo paga R$ 110 por tonelada de lixo transportada até Minas do Leão e mais R$ 135,76 pela sua destinação final adequada. “Quanto maior a separação correta na origem e mais recicláveis forem desviados da coleta comum, menor será o custo e o impacto ambiental para a cidade”, observaram os membros da Comam.
A Comissão reforça que os resíduos recicláveis devem ser destinados corretamente aos ecopontos e às cooperativas, reduzindo o volume enviado ao aterro. E, para isso, o envolvimento da comunidade é essencial. Presidente da Comissão, Ica apontou que é preciso criar uma cultura de responsabilidade compartilhada. "Todos na cidade têm um papel nessa mudança”, disse.
A ação faz parte de uma agenda permanente de fiscalização da Comam e está conectada aos debates sobre sustentabilidade, gestão de resíduos e políticas públicas ambientais promovidos no Legislativo hamburguense. O grupo está promovendo para o mês de junho, no qual se celebra a Semana Municipal do Meio Ambiente e da Ecologia, ações especiais que logo devem ser noticiadas aqui pelo portal oficial da Câmara.
Aterro referência em sustentabilidade e inovação
A Unidade de Valorização Sustentável (UVS) Minas do Leão é reconhecida por adotar multitecnologias no tratamento de resíduos, sendo pioneira na geração de créditos de carbono a partir de aterros sanitários no Estado. O local também abriga a maior termelétrica gaúcha movida a biogás, cuja energia gerada é comercializada com a concessionária de energia elétrica.
Com nota 100 no Índice de Qualidade de Aterro Sanitário da Fepam, a unidade se destaca pelo rígido controle ambiental. O solo é impermeabilizado para evitar contaminações, os efluentes líquidos passam por três fases de tratamento e o aterro é coberto diariamente, impedindo a proliferação de animais transmissores de doenças.
“Além da sustentabilidade, há um cuidado com a saúde pública e a segurança dos colaboradores, que recebem treinamentos e EPIs de forma constante”, explicou Wagner Gross. A CRVR faz parte do Grupo Solví, presente no Brasil, Peru e Argentina, e projeta investimentos futuros de R$ 14 milhões para ampliar sua atuação.
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O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Comissão de Meio Ambiente se reúne às quartas-feiras, a partir das 10h15, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.