Comissão buscará respostas para reivindicações em duas escolas municipais
Vice-presidente da Apemem da Monteiro Lobato, Pablo Thiesen liderou uma comitiva de pais que expôs a necessidade de uma pracinha para os alunos mais novos da escola, que atende desde a faixa etária 4 até o 9º ano. Thiesen explicou que a recuperação do espaço serviria não apenas para os intervalos, mas também para algumas atividades pedagógicas mais lúdicas. “Nossa escola tem quase 600 alunos e não possui esse ambiente para os pequenos. A área existe, já que havia uma pracinha antigamente, mas ela foi se decompondo com o passar do tempo”, relatou.
A comunidade escolar aguarda que a Prefeitura possa providenciar a obra, com a preparação do terreno, a colocação de brinquedos e a construção de um muro. “Estamos aguardando há mais de cinco anos. Já foram feitas licitações, houve empresas nomeadas para executar a obra, mas, por algum motivo, isso não aconteceu. E as crianças seguem sem um local adequado para brincar”, prosseguiu Thiesen.
Ladeado pela relatora Lourdes Valim (Republicanos) e pelo secretário Cristiano Coller (PP), o presidente da Coedu, Felipe Kuhn Braun (PSDB), adiantou aos presentes que a comissão pedirá informações à Prefeitura sobre o que tem provocado o entrave na realização do serviço. O grupo também se propôs a reforçar o pleito da comunidade junto ao Executivo.
Fossas sépticas
Os problemas na Emeb Ana Néri foram todos relatados por Renato Hanauer. Membro da Apemem, ele externou a dificuldade enfrentada por professores e estudantes com a ausência de um tratamento adequado para as águas residuais geradas pela escola. “Há alguns anos temos um problema de esgoto nos banheiros. As fossas não dão conta e a água está subindo pela lateral de uma das salas. Fica quase inviável os professores darem aula nesse espaço. Essa é uma escola sexagenária. Nas plantas, não existe a localização das fossas. Não podemos nem mandar limpar, porque não sabemos onde ficam”, informou.
Segundo ele, a Prefeitura já está ciente do problema e contratou uma empresa para a realização do serviço. “Eles concretaram onde estava saindo o esgoto. No entanto, dois dias depois, os detritos começaram a sair pelo lado e por cima do concreto colocado. Interpelei o fiscal da obra sobre essa situação e me foi dito que seriam implantadas duas fossas novas. Passaram-se 30 dias sem ninguém mais aparecer. Na sexta-feira passada (19), depois do primeiro contato feito com a comissão, eles mandaram dois trabalhadores para arrancar três metros quadrados de pedra da calçada, onde seriam colocadas as fossas. Hoje pela manhã (22), mandaram um funcionário para abrir uma valeta”, contou Hanauer, que critica a demora na execução da melhoria.
“O espaço físico da escola foi reduzido, pois encheram de tapumes. Nós, como contribuintes, pagamos por um serviço mal feito”, reclamou. A Coedu deve convocar representantes do Executivo para entender o que está atrasando a obra, quais os próximos passos e quando a escola poderá comemorar a conclusão das intervenções.
O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Comissão de Educação se reúne às segundas-feiras, a partir das 15h, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.