Coedu recebe Sindprofnh para debater falta de profissionais na Rede Municipal de Ensino

por Jaime Freitas última modificação 13/03/2022 21h04
11/03/2022 - A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (Coedu), recebeu na manhã desta sexta-feira, 11, a visita da presidente e da vice-presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (Sindprofnh), as professoras Luciana Andréia Martins e Rosane Ines dos Santos de Moura. Na ocasião, as dirigentes sindicais entregaram um ofício que trata da falta de recursos humanos na Rede Municipal de Ensino aos componentes da Coedu, Felipe Kuhn Braun (presidente/PP), Enio Brizola (relator/PT) e Lourdes Valim (secretária/Republicanos).
Coedu recebe Sindprofnh para debater falta de profissionais na Rede Municipal de Ensino

Foto: Jaime Freitas/CMNH

No relatório entregue à Coedu, a direção do Sindprofnh relata a falta de professores, funcionários e apoios à inclusão no ensino. Segundo o sindicato, a falta de profissionais atinge a maioria das 78 escolas da Rede Municipal, que têm professores concursados em seus quadros, das 90 que a Secretaria de Educação é mantenedora. Em novembro de 2021, o Sindiprofnh protocolou um ofício à secretaria, solicitando informações sobre a previsão da realização de concurso para professores de área que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental. Em janeiro de 2022, solicitou um calendário de chamamento do concurso em vigor, referente ao Edital 01/2029, mas não obteve resposta até o momento.

"É necessário Lembrar que faz mais de dois anos que a prefeitura não efetiva professores por meio de concurso público, tendo feito opção por contratos temporários que trazem uma série de prejuízos pedagógicos", alerta a presidente do Sindiprofnh. "Não defendemos esse tipo de contratação precária. Inclusive, diversas vezes mantivemos diálogo com a Administração, que demonstrou-se irredutível quanto à sua opção pela precarização dos recursos humanos das escolas escolas municipais. Além da falta de professores, as escolas também sentem falta de estagiários, que em nossa rede são profissionais de apoio aos estudantes com deficiência matriculados em nossas escolas, bem como de secretários", relatou Luciana.

Em levantamento realizado pela entidade, no período de 4 a 10 de março deste ano, a partir de um formulário enviado por listas de transmissão do sindicato, foram destacados, pelas 62 escolas que responderam ao questionário, que apenas nove escolas estão com o quadro completo, ou seja, 85,2 % das escolas apontaram significativa falta de recursos humanos. Com um total de 219 professores de 20h/semanais e 67 estagiários de apoio de 30h/semanais faltando para atender aos estudantes.

De acordo com o Sindprofnh, a realidade enfrentada pelas escolas municipais evidencia a ausência de planejamento de políticas públicas para o setor. "É lamentável que estejamos iniciando o ano letivo sem os recursos humanos necessários. Isso, sem dúvida, causa um prejuízo pedagógico para nossos estudantes e uma sobrecarga aos trabalhadores da educação", destaca a presidente do sindicato.

As dirigentes sindicais solicitaram o acompanhamento da Comissão de Educação sobre a situação da falta de professores, funcionários e apoios à inclusão nas escolas da Rede Municipal de Ensino. O presidente da Coedu, Felipe Kuhn Braun, prometeu acompanhar esta pauta, que será discutida em outros encontros da comissão e depois levada à Plenário.