Coedu: problema em fossa de escola em Lomba Grande obriga alunos a serem dispensados diariamente em horário de aula

por Maíra Kiefer última modificação 12/03/2024 21h57
11/03/2024 – Um problema que se arrasta desde agosto de 2023 tem prejudicado centenas de alunos diariamente do Instituto Estadual Madre Benícia, escola localizada no bairro rural de Lomba Grande. O esgotamento da fossa séptica da instituição de ensino inviabiliza que os 700 alunos utilizem o espaço escolar simultaneamente em virtude de vazamentos no pátio e mau odor. O cenário vivenciado pelos estudantes e pelo quadro de funcionários foi relatado pela diretora Cristiane Gazola Santos Fonseca em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 11, com a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (Coedu). A pauta foi uma demanda encaminhada por uma mãe de aluno que buscou orientação do gabinete do vereador Enio Brizola (PT). O colegiado é composto pelo presidente Felipe Kuhn Braun (PP), relatora Lourdes Valim (Republicanos) e o secretário Cristiano Coller (PRD).
Coedu: problema em fossa de escola em Lomba Grande obriga alunos a serem dispensados diariamente em horário de aula

Crédito: Maíra Kiefer/CMNH

Segundo a diretora, mesmo antes do meio do ano passado essa já era uma questão a ser resolvida, em virtude de se tratar da fossa e por não haver esgoto em Lomba Grande. Ela contou que, logo após os temporais, foi necessário fazer uma limpeza, que não resolveu o problema.

Após às 15h, a gente não consegue manter mais os banheiros abertos se estou atendendo com a capacidade máxima da escola. É necessário dispensar quase 50% dos alunos, quase todos os dias, para que a gente consiga mantê-los funcionando até o final do turno. Isso pode parecer bobagem, mas lá em Lomba Grande ainda vão embarcar em um ônibus e ficar 50 minutos até chegarem em casa. Tu negar banheiro para uma criança de 11, 12, 13 anos é muito sério. Então, eu prefiro deixar a escola aberta com menos alunos todos os dias do que dispensar tudo e fechar a escola", afirmou a diretora.

Ela reforçou ainda que, além do problema da fossa, o prédio está com o telhado condenado e a rede elétrica em estado muito ruim, por ser datada de 1942, com fios de estopa. “Esses reparos estão previstos em um projeto, em cima da brecha da emergencialidade dos temporais, parado em um mesmo setor desde o dia 17 de janeiro. As aulas começaram em 19 de fevereiro. É o setor de contratação e de escolha da empresa”, explicou.

Outro pronto trazido pela professora é o comprometimento da cobertura do edifício. Também tem o telhado de um dos prédios, quando chove a gente fica com tudo alagado, escorre pelas paredes. Está condenado, não sustenta sequer uma manta asfáltica, nenhuma empresa quis colocar porque não tem condição de aguentar o peso”, acrescentou Cristiane.

Após ouvi-la, por sugestão do vereador Enio Brizola, os parlamentares decidiram elaborar uma moção em conjunto entre a Coedu e a Comissão de Direitos Humanos para reforçar o apelo ao governo estadual e pedir o encaminhamento do Ministério Público.