Coedu ouve demanda do Emancipa Novo Hamburgo e deve auxiliá-lo a buscar local para aulas gratuitas
A demanda já tinha sido trazida pelo coordenador-geral do movimento Emancipa Novo Hamburgo, Felipe Ventre, na sessão plenária de segunda-feira, 14. “Temos clareza que para garantir o acesso aos estudantes a esta importante oportunidade, precisamos de um local centralizado", pontuou o grupo em documento entregue aos membros da Coedu: presidente Felipe Kuhn Braun (PP), relator Enio Brizola (PT) e secretária Lourdes Valim (Republicanos).
À frente do comando do colegiado, Felipe informou que ele e os colegas estão dispostos a auxiliar o Emancipa na busca por um lugar mais acessível aos alunos. O grupo parlamentar planeja uma reunião com o secretário municipal de Cultura, Ralfe Cardoso, e também apresentar moção de apoio sobre a questão. “Só de imaginar o trabalho voluntário de vocês e de tudo o que estão dispostos a oferecer, temos de encontrar uma solução. Devemos encaminhar o documento para as secretarias municipais de Educação e de Desenvolvimento Social”, informou o presidente.
Após conhecerem detalhes sobre o projeto, Brizola disse que a casa da UENH, por estar numa condição de inservível, era um dos imóveis do Município listados para ser leiloado. Conforme relato do parlamentar, o secretário de Desenvolvimento Social, Éliton Ávila, pelo histórico que ele tem no movimento estudantil, quando soube que essa construção estava relacionada, reivindicou o espaço e apresentou alguns projetos. Para Brizola, Ávila deve se mostrar sensível às ações propostas pelo Emancipa Novo Hamburgo.
Segundo Pedro Backes, há um projeto previsto para o espaço, que ganhou edital, mas que vai durar só seis meses. Camila reforçou aos presentes à reunião que seria importante iniciar as aulas presenciais agora no começo do ano. "Se a gente pudesse ter uma outra sala para começarmos o ano, antes desses seis meses. Preparação para exames não é em dois meses que a gente consegue. O trabalho do Emancipa não se restringe a preparar os cidadãos para fazerem concursos, prestar prova e para ter resultado. A educação é para libertar a mente e fazer que essas pessoas acreditem que podem realizar o que elas quiserem, independente da condição da onde elas vem. É para abrir os horizontes de quem senta na nossa frente na sala de aula”, declarou a professora de História.
Outra possibilidade, de acordo com o vereador Brizola, é o colegiado conversar com o secretário Ralfe Cardoso para saber a viabilidade de usar, nesse período inicial, uma sala na antiga sede da Secult, cujas dimensões e localização — perto de ônibus e do trem — atenderiam aos requisitos para abrigar o curso preparatório.
Para a vereadora Lourdes, a mobilização é necessária devido à importância e repercussão do trabalho realizado pelos voluntários. “É um projeto que a gente não pode deixar morrer”, sentenciou.