Câmara manifesta apoio à reposição de profissionais na Fundação Liberato
O último concurso para a escola técnica ocorreu em 2019. Desde então, houve aposentadorias, demissões voluntárias e pedidos de afastamento. A falta de servidores provocou a redução do corpo estudantil para cerca de 2,8 mil alunos, 20% a menos de sua capacidade física. Os profissionais da Liberato inclusive marcaram uma paralisação nesta quarta-feira, durante os três turnos de ensino. A ação, segundo os professores, busca alertar a sociedade sobre os prejuízos causados pela falta de concurso público e pelas perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos anos.
Autor da moção, Enio Brizola destaca a importância das movimentações. “A educação de qualidade é fundamental para o pleno desenvolvimento econômico, social e ambiental, pilares indispensáveis ao desenvolvimento sustentável que buscamos. E isso deve se traduzir em ações concretas no nosso território. A defesa da Fundação Liberato é urgente, necessária e possível”, pontua o parlamentar.
O professor da Liberato Daniel Vieira Sebastiani, diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) e presidente da Associação de Docentes da Fundação Liberato (ADLiberato), ocupou o espaço de fala do proponente da Moção, Enio Brizola, para alertar a sociedade sobre os prejuízos causados pela falta de concurso público e pelas perdas salariais dos servidores que já se aproximam dos 20%. "Estamos aqui pelos nossos alunos, nossos três mil de hoje e os do amanhã, que precisam de uma fundação com a excelência que oferecemos. Para ter e manter essa qualidade precisamos resguardar a capacidade salarial para atrair pessoas que tenham vontade e capacidade de exercer a função de professor. Não estamos aqui para pedir aumento. Perdemos 20% do nosso salário nos últimos anos, só queremos o retorno disso. Também precisamos repor a mão de obra, pois muitos já estão próximos da aposentadoria e não podemos correr o risco de alunos ficarem sem aula por falta de professores. Não tem qualidade que resista a isso”, esclareceu Sebastiani.
A Moção nº 84/2023, que também levou a assinatura dos vereadores Cristiano Coller (PTB), Felipe Kuhn Braun (PP), Lourdes Valim (Republicanos) e Ricardo Ritter – Ica (PSDB), será agora encaminhada ao diretor-executivo da Liberato, Ramon Hans, às demais autoridades da instituição e ao governador Eduardo Leite.
O que é uma moção?
A Câmara se manifesta sobre determinados assuntos – aplaudindo ou repudiando ações, por exemplo – por meio de moções. Esses documentos são apreciados em votação única e, caso sejam aprovados, cópias são enviadas às pessoas envolvidas. Por exemplo, uma moção louvando a apresentação de um projeto determinado no Senado pode ser enviada ao autor da proposição e ao presidente daquela casa legislativa.