Câmara debate aumento nas passagens do transporte coletivo de Novo Hamburgo
De posse da última ata do Conselho de Mobilidade Urbana e de Transporte Público, que aprovou os reajustes, Enio Brizola requereu mais explicações aos convidados sobre as tratativas com as empresas de ônibus e com o sindicato dos rodoviários. “Queremos aqui também discutir a questão das planilhas tarifárias. O sindicato empresarial apresentou uma proposta, baseando-se nas planilhas de custo operacional, com todos os insumos necessários para a obtenção do cálculo, que chegou a valores maiores do que foi acordado na ata. Também é importante debatermos a situação dos trabalhadores do transporte coletivo, que além de todo acúmulo de funções a eles atribuídas, estão há cinco anos sem reajuste”, declarou Brizola. Conforme aponta o documento, para ter este ajuste de 8,7%, o que equivale a R$ 0,40, as empresas terão de dar um aumento de 11,92% no salário dos seus trabalhadores (motoristas, administrativo, etc). O percentual é referente ao INPC de julho de 2021 a junho de 2022.
De acordo com a secretária, os insumos, como o óleo diesel, atingiram valores muito superiores aos apresentados em outras negociações, ocasionados pelo aumento internacional do petróleo. Sobre os empregados do transporte público, a Prefeitura optou por vincular o reajuste tarifário ao aumento salarial dos rodoviários. “Estes profissionais estão há anos sem aumento, por isso achamos fundamental condicionar o reajuste da passagem ao aumento salarial deles. Como a negociação vem desde abril, as empresas solicitam a nova tarifa a partir de domingo e se comprometem a reajustar os funcionários já no pagamento do início de agosto”, explica Roberta Gomes de Oliveira. O último reajuste concedido em Novo Hamburgo foi em abril do ano passado, quando a tarifa passou de R$ 3,85 para R$ 4,60.
O presidente do Conselho de Mobilidade Urbana e de Transporte Público, Leandro de Bortoli, fez uma apresentação com os dados da última reunião do Comutp. "Normalmente, todos os reajustes de tarifas são encaminhados à Câmara e depois são publicados. Agora, por força de nova normativa, o processo foi modificado, com a constituição de um conselho de transportes e mobilidade urbana. Cabe, então, a esse conselho deliberar sobre os reajustes." Ele informou que as empresas chegaram a apresentar planilhas que justificariam pedidos de valores entre R$ 5,671 e R$ 6,875 no valor das passagens. O percentual aceito levou em conta os custos das empresas, como os dos últimos aumentos do óleo diesel, que têm impactado muito nos custos do transporte público. De Bortoli também informou que toda e qualquer reunião com representantes das empresas de ônibus ficam documentadas em atas, para dar publicidade aos assuntos falados e transparência dos atos acordados.