Aprovado nome de rua na Vila Palmeira
Quando se mudou para Novo Hamburgo, em 1974, Ramos já carregava consigo uma longa carreira artística. Nascido em Santo Antônio da Patrulha no dia 30 de maio de 1941, desenvolveu desde cedo o gosto pela música, herdado de sua família, e a aptidão pelo violão. “Na adolescência, formou o Trio da Roça ao lado dos primos Adair e Anildo, levando a música campeira a quermesses, aniversários, festinhas de colégio e diversos eventos interioranos pelas localidades onde cresceu”, relata Vladi Lourenço.
Após uma passagem por Porto Alegre e um retorno a Santo Antônio, Ramos estabeleceu-se com sua família na rua Washington, no bairro Santo Afonso. “A casa tornou-se ponto de encontro para músicos e violeiros de todo o Brasil. As paredes eram totalmente cobertas por um grande acervo de fotos de amigos e artistas, além de reportagens que catalogava e emoldurava com orgulho”, recorda Vladi.
Em paralelo ao violão e ao microfone, Ramos teve uma trajetória profissional como cobrador de ônibus, supervisor, vendedor, vigilante e até mesmo uma sociedade em um armazém de secos e molhados. Em Novo Hamburgo, atuou ainda como comunicador, apresentando programas na Rádio Progresso. Ramos faleceu no dia 24 de fevereiro de 2022, aos 80 anos, deixando três filhos, sete netos e nove bisnetos. “O legado de amizade e música construído pelo ‘Tio Plínio’ jamais será esquecido. Sua memória vive através de suas composições, de suas histórias compartilhadas e do amor que dedicou à cultura e aos talentos locais. Sua vida foi um verdadeiro hino à música regional”, ressalta o proponente.
Como as duas próximas sessões estão reservadas para a discussão da Lei Orçamentária Anual, o Projeto de Lei nº 49/2024, que batiza a rua 16 da Vila Palmeira, deve retornar à pauta apenas na segunda semana de dezembro.
A aprovação em primeiro turno
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.