Aprovada inclusão do Maio Verde no Calendário Pró-Saúde da Câmara
Foto: Daniele Souza/CMNH
“Os sinais da doença vão desde anemia e vômitos até atraso no crescimento e osteoporose. Estima-se que cerca de 1% da população mundial tenha a doença e que, no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas sofram desse problema”, afirma Raizer Ferreira. Como ocorre com as demais condições autoimunes, a doença celíaca é caracterizada por uma desordem no sistema imunológico que leva o corpo a atacar seus próprios tecidos, causando um processo inflamatório. Nesse caso, os anticorpos produzidos pela intolerância ao glúten danificam o revestimento do intestino delgado, prejudicando a absorção de nutrientes.
Após explanar sobre a doença celíaca, Raizer Ferreira convidou a presidente da Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra/RS), a nutricionista Fabiana Magnabosco, para ocupar a tribuna e falar sobre o assunto. “A doença celíaca é uma doença autoimune causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja e alguns doces, provocando dificuldade do organismo de absorver os nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água. Por ser uma doença autoimune não há nenhum remédio ou tratamento para ela. A única forma para evitar seus sintomas é tendo uma dieta isenta de glúten” disse a nutricionista. Ela reforçou que a contaminação cruzada é hoje o maior ‘vilão’ dos celíacos. “O glúten pode estar escondido em alguns alimentos, sendo mais difícil de identificá-lo”, disse a presidente da Acelbra, que defendeu o texto da resolução.
Pró-Saúde
O Projeto de Resolução nº 2/2022 passará por nova votação na tarde desta quarta-feira, 18. Mantida a decisão favorável, o Maio Verde se somará às outras 25 combinações de meses e cores do Calendário Pró-Saúde. O instrumento foi criado em 2019 para aliar a Câmara a associações médicas e organizações não governamentais na realização de ações de prevenção, combate e conscientização sobre diferentes enfermidades.
A aprovação em primeiro turno
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.