Após pandemia, tratamento antitabagismo é descentralizado e amplia abrangência em Novo Hamburgo
Com experiência de quase nove anos na atenção básica de saúde, a profissional que atua na UBS Santo Afonso relatou os números do Programa Antitabagismo implantado em quatro unidades de atendimento em Novo Hamburgo: UBS Canudos, UBS Santo Afonso, USF Rondônia 2 e USF Lomba Grande. Segundo ela, desde novembro de 2021, o programa foi descentralizado e ampliado para que a comunidade não precisasse se deslocar para receber o atendimento e orientações. Antes da mudança, as atividades eram promovidas na Casa da Vacina, no centro da cidade.
A profissional esclareceu que o encaminhamento aos grupos de apoio pode ser feito por qualquer profissional de saúde. A partir de comunicada, a unidade entra em contato com o paciente para informar a data e local para o começo do atendimento, composto de quatro sessões e tratamento farmacológico, com terapia de reposição de nicotina (adesivo transdêrmico e goma de mascar) e cloridrato de bupropiona.
Os números dos últimos 12 meses referentes ao grupo de apoio na UBS Santo Afonso demonstram a eficiência da atenção médica dada aos pacientes. Dos 126 usuários que participaram de pelo menos uma sessão ofertada para o tratamento, 36,5% cessaram o hábito. Outro número trazido pela farmacêutica é que 86 inscritos participaram das quatro sessões. De acordo com Daniela, esses indivíduos são acompanhados por 12 meses.
Proponente do momento na sessão, Raizer Ferreira falou sobre os desafios consideráveis trazidos pelo impacto do tabagismo, que ocasiona problemas sociais, políticos, econômicos e ambientais. “As doenças relacionadas ao fumo consomem recursos valiosos do poder público, seja em termo de tratamentos médicos, internações hospitalares ou programas de reabilitação. Além disso, essas doenças têm um efeito cascata nas famílias e nas comunidades, afetando a qualidade de vida de todos aqueles que cercam os indivíduos afetados”, acrescentou o vereador.
O parlamentar trouxe dados ainda que mostram que, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o reflexo financeiro do tabagismo na vida do brasileiro é significativo: fumantes gastam quase 10% da renda mensal com cigarro. O custo que as consequências do vício resultam aos cofres públicos também são impactantes. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o SUS gasta em média R$ 125 bilhões por ano para tratar pacientes com doenças causadas pelo cigarro, como o câncer.