Alunos da EMEF João Brizolla apresentam pesquisa sobre malefícios de terrenos baldios

por Luís Francisco Caselani última modificação 06/12/2017 19h37
06/12/2017 – Um grupo de cinco alunos do 3º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Vereador João Brizolla, localizada no bairro Canudos, ocupou o plenário durante a sessão desta quarta-feira, 6 de dezembro, para apresentar a pesquisa que lhes rendeu o terceiro lugar na Mostratec Júnior na categoria de 1º a 3º ano. Com o projeto “Quando um terreno baldio pode ser um problema?”, os estudantes identificaram os malefícios que um terreno mal utilizado pode causar aos moradores de seu entorno. A participação durante a sessão ocorreu mediante requerimento verbal da presidente da Câmara, Patricia Beck (PPS).

Ostentando no peito as medalhas recebidas na feira científica organizada pela Fundação Liberato, os alunos Ana Laura Abreu, Arthur Souza, Emily Pichini, Natan Vivian e Ricardo Grings detalharam passo a passo o estudo elaborado, que envolveu uma série de abordagens pedagógicas por parte do corpo docente. A diretora Rosana Dorneles agradeceu o espaço para expor um trabalho que gerou bastante orgulho na comunidade escolar. “Este é o resultado da indignação dos alunos com um terreno baldio próximo à escola que sofre com o descarte irregular de lixo, fazendo com que atrapalhe, inclusive, a qualidade de vida dos moradores”, contou.

A professora Kátia Schaab, orientadora da pesquisa, destacou que essa é uma demanda que se estende há três anos. “Os alunos perguntavam por que não se poderia transformar o terreno inutilizado em um espaço limpo que pudesse ser aproveitado por eles. Agora, uma das nossas etapas de continuidade do trabalho inclui o apoio do poder público para pensarmos em soluções conjuntas para o local”, explicou. O vereador Sergio Hanich (PMDB) ressaltou que esse é um problema comum no Município. “Precisamos pedir que o proprietário cerque o terreno com tapumes, impedindo o acesso para o descarte irregular. Nós nos comovemos com os problemas enfrentados por vocês e que atingem outros moradores do nosso Município”, alertou.

Professor Issur Koch (PP) salientou a necessidade de conscientização dos próprios cidadãos. “Essa história não é nova. Se todos continuarem jogando lixo em terreno, faltará caminhão que faça o recolhimento. Precisamos que o proprietário do terreno cumpra com suas obrigações, que a Prefeitura faça seu papel, mas que o cidadão tenha consciência de não descartar irregularmente seus resíduos”, comentou. Raul Cassel (PMDB) parabenizou o interesse social dos alunos e o trabalho docente focando a cidadania. O vereador lembrou que o descarte ocorre muitas vezes por uma prestação indevida de serviço. “Muitas pessoas pagam de boa fé para que trabalhadores recolham os lixos para correta destinação, mas sem saber que os resíduos são deixados em terrenos baldios”, revelou.

Enio Brizola (PT) e Vladi Lourenço (PP) creditaram o descarte irregular também à dificuldade de acesso a ecopontos. “Precisamos conscientizar as pessoas para que façam uso dos ecopontos espalhados pelo Município”, apresentou Vladi. “Um ecoponto para todo o bairro Canudos é muito pouco. Precisamos pensar no investimento em outro espaço, de acordo com a legislação. Este é um problema que não é dos alunos, mas que os afeta diretamente”, completou Brizola.

Enfermeiro Vilmar (PDT) e Patricia Beck lembraram que essa demanda específica já foi tema de diversos requerimentos originários do Legislativo. “Já foram feitos vários pedidos de providência para que o proprietário cercasse o terreno, mas nada foi feito. Precisamos solucionar essa demanda o quanto antes”, apontou Vilmar. “Precisamos unir forças através de nossas comissões permanentes e também junto ao Ministério Público. Continuaremos buscando uma solução junto com vocês, de modo a conseguirmos melhores condições de saúde também”, garantiu a presidente. As Comissões de Meio Ambiente e de Saúde se manifestaram no sentido de reforçar os pedidos de atenção ao local.