Adalberto Snel pode dar nome à Praça do Foguete
Apesar da aprovação unânime em primeiro turno, o PL nº 50/2022 ainda passará por nova votação nesta quarta, 24, antes de seguir para avaliação do Executivo. Nova decisão favorável em plenário, acompanhada de sanção da prefeita, batizará o espaço público como Praça Dr. Adalberto Alexandre Snel.
Legado profissional e comunitário
Um dos decanos da advocacia gaúcha, Snel nasceu no dia 1º de junho de 1926 no município de Estrela, no Vale do Taquari. Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) em 1951, ingressou no Ministério Público como promotor no ano seguinte. Na mesma década, mudou-se para Novo Hamburgo, onde trabalharia por 32 anos como procurador do Município. Ao longo de sua vida profissional, também atuou como professor de Direito e presidiu a primeira gestão da subseção hamburguense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/NH).
Forte liderança cidadã e comunitária, foi um dos fundadores do Lions Clube na cidade, colaborou na criação da Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo (Aspeur) e presidiu o Esporte Clube Novo Hamburgo nos anos de 1967 e 1968. “Esta é uma pequena homenagem que fazemos a todo o seu trabalho e dedicação à nossa cidade. Sua trajetória de mais de 70 anos trouxe inúmeras e valiosas contribuições para o município. Marcou quem esteve à sua volta, sendo exemplo de competência, tenacidade, ética e inteligência”, destacou Gustavo Finck. Snel faleceu no dia 28 de março de 2021, aos 94 anos.
Após a votação, Felipe Kuhn Braun (PP) lembrou a boa relação que o advogado mantinha com todos os vereadores. “Ele tinha essa habilidade de se comunicar de forma muito respeitosa. Snel teve uma história muito grande em Novo Hamburgo. Esta é uma justa homenagem a este grande homem que muito contribuiu para a cidade e para o Vale do Sinos”, celebrou.
O vereador Ricardo Ritter – Ica (PSDB) parabenizou a iniciativa, enalteceu a importância da Praça do Foguete para os hamburguenses, mas disse serem necessárias novas homenagens para fazer justiça ao que significou Adalberto Snel. “Ele foi um grande representante do Direito na cidade. Um exemplo de pessoa. Por seu tamanho e relevância, acho até pequeno. Se, no futuro, tivermos um logradouro para homenageá-lo de maneira ainda mais altiva, sou parceiro”, frisou. Ica também revelou guardar com muito orgulho um documento enviado pelo advogado em 2008. “Quando me elegi, recebi e emoldurei um ofício assinado por ele me felicitando pela vitória no pleito”, contou.
A aprovação em primeiro turno
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.