Grupo Pensando Novo Hamburgo é homenageado por seus 10 anos
Fufa ponderou que o grande desafio é nos sentirmos responsáveis pelas nossas ações. “E o Pensando Novo Hamburgo tem a ver com isso. Este é seu grande legado, maior ainda do que todas as suas ações.” E lembrou que a luta contra a violência, por exemplo, passa por cuidarmos de nossas pequenas atitudes com nossa família, no trânsito e em outras situações.
Na mesa diretora, estavam Fufa, o prefeito municipal, Luis Lauermann, o deputado federal Ronaldo Zulke, a coordenadora do grupo, Andrea Schneider, e Edson Machado, um dos fundadores e primeiro presidente.
O vereador Cristiano Coller (PDT) afirmou que, graças ao grupo Pensando Novo Hamburgo, ele pôde, nos anos em que trabalhou como diretor de Serviços Urbanos na Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos, fazer diversas melhorias em espaços públicos da cidade. “Também agradeço pelo trabalho em prol da vinda do trem.”
O analfabeto político
Lauermann e Zulke entregaram a Andrea e a Machado uma placa comemorativa, e um grupo de crianças leu o texto “O analfabeto político”, de Bertolt Brecht: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo .” Em seguida, o coral Amigos da Câmara faz uma apresentação.
Ações independentes
Edson Machado lembrou que a ideia do Pensando Novo Hamburgo surgiu a partir de um grupo de debates cujas propostas deveriam ser enviadas à Prefeitura para execução. Porém, quando uma doença o obrigou a ficar em repouso, ele pensou em criar um grupo que não dependesse exclusivamente do Poder Executivo. Planejamento familiar, melhorias de praças e a vinda do trem foram alguns dos primeiros temas tratados pelos fundadores, e os resultados foram dezenas de praças revitalizadas, de cirurgias de vasectomia e um abaixo-assinado pedindo o trem, que foi levado a Brasília.
A parte de cada um
Enquanto Machado falava, as crianças também entregaram a cada um dos presentes uma pedrinha. “É o símbolo da parte de cada um na construção da cidade que desejamos”, explicou Fufa.
A força do povo
O prefeito Luis Lauermann destacou a importância do protagonismo, da iniciativa, da liberdade e do comprometimento de cada cidadão. “Sem dúvida, o Grupo Pensando Novo Hamburgo foi fundamental na conquista do trem. A mobilização popular, e, portanto, a força do povo, sempre foi o elemento de transformação – nas pequenas coisas, silenciosas e cotidianas, que nem sempre a gente valoriza. Portanto, agora, na condição de prefeito, venho reconhecer as pequenas coisas que o Grupo Pensando Novo Hamburgo faz, para que de fato sejamos uma grande cidade.”
Proposições concretas
Andrea Schneider, coordenadora do Pensando Novo Hamburgo, disse que o grupo é a união de todos os segmentos do município. “Hoje comemoramos 10 anos de um grupo formado por homens e mulheres que decidiram compartilhar os anseios de uma sociedade e não mediram esforços para contribuir. São 10 anos de encontros quinzenais e de proposições concretas”, disse, citando o Movimento Abrace Novo Hamburgo e o Projeto Sociedade Livre, entre outras ações realizadas nesta última década. Ela frisou também a importância do trabalho feito com amor. “Quem ama pensa no melhor, quer contribuir, buscar as soluções... E é este amor que guia no Pensando Novo Hamburgo.”