- Engenheiros esclarecem dúvidas sobre orçamento

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 20h00
20/01/2012 - Novos encontros já foram marcados.

Reforma Escada 3Os engenheiros Délcio Chiamenti e Celso Fernando Feltes, representantes da Engear Engenharia Ltda., reuniram-se com a Mesa Diretora da Câmara na manhã desta sexta-feira, 20, para esclarecer alguns pontos da reforma do Palácio 5 de Abril.

O presidente Gilberto Koch (PT) garantiu que pretende dar continuidade às obras, mas irá esclarecer todas as dúvidas refentes ao orçamento. Estiveram presentes ainda os vereadores Volnei Campagnoni (PCdoB) e Antonio Lucas (PDT), a diretora Cléa Caberlon, a coordenadora administrativa, Maria Carolina Hagen, e o procurador-geral, Fernando Mizerski.

Chiamenti explicou que a empresa está há 26 anos no mercado, tendo duas décadas de experiência com obras públicas. “Estamos tranquilos em relação aos valores, pois praticamos os preços de mercado e somos constantemente auditados pelo Tribunal de Contas.” Feltes disse que, como profissional, precisa transmitir confiabilidade aos clientes, por isso todo o trabalho é realizado com respaldo técnico. Os engenheiros responderam aos principais questionamentos dos parlamentares.

 

Elevador

Entre os pontos questionados está o custo do elevador – R$ 147.233,44 – que dará acesso ao Plenário. Chiamenti afirmou que, independentemente do número de paradas (andares), não se pode comparar um elevador convencional, instalado na estrutura já pronta de um prédio, a um equipamento que será colocado na parte externa: há o custo de fundações, que está incluso no orçamento.

 

“Não é apenas o custo da plataforma, mas esse valor contempla mais de 15 itens necessários à sua instalação”, disse o engenheiro. São eles: fundações de concreto armado, estrutura metálica da caixa com altura de oito metros, cobertura e tratamento anti-térmico, drenos internos e externos para o poço do elevador, impermeabilização do poço, proteção das portas, viga metálica na cobertura da caixa de corrida para fixação de ganchos (serve para instalação, içamento e manobra do motor), instalações elétricas exclusivas para o equipamento, pintura das estruturas metálicas, iluminação e sinalização de emergência, instalações e equipamentos exigidos pelo Plano de Prevenção Contra Incêndio, fechamentos laterais e aresta panorâmica, contêiner para a guarda dos materiais, descarga manual e transporte dos equipamentos, fornecimento de andaimes metálicos, tapume de proteção para execução dos serviços, piso da cabine. Além disso, informou, um elevador próprio para deficientes tem valores diferenciados. O engenheiro Celso Feltes complementou dizendo que o projeto para instalação da plataforma é feito a partir das exigências dos fornecedores, nesse caso, a fabricante do elevador.

 

Formas de pinho

Chiamenti esclareceu que o orçamento é feito por meio de um software, denominado Flanarin. Muito utilizado em obras públicas, ele possui este item somente com madeira de pinho. “Há muitos usamos o cedrinho, que tem preço e qualidade similares.”

 

Reforma Escada 2

Mobiliário

Em relação às cadeiras, o profissional revelou que elas já foram contratadas. “Como o prazo é bastante curto, assim que assinamos o contrato, já providenciamos a compra dos materiais necessários.” Ele explicou, no entanto, que o valor inclui a instalação de todas as cadeiras, inclusive aquelas afixadas no Plenário. “Se a compra fosse feita diretamente, por exemplo, a Câmara teria que contratar a instalação, que só poderia ser realizada após o término da obra.”

 

Materiais para demolição

Feltes, que tem acompanhado diariamente a execução dos trabalhos, enfatizou que é impossível realizar demolições sem contar custos de material. Ele citou o caso da escada que dava acesso ao terraço do Plenário, que para ser demolida precisou da contratação de um guindaste e mais de cinco horas de trabalho. “Neste item, inclusive, tivemos prejuízo, pois o orçamento está aquém dos valores gastos. Tivemos o maios cuidado para não colocar em risco as pessoas que frequentam o prédio, nem o patrimônio público.”

 

ou que é impossível realizar demolições sem contar custos de material. Ele citou o caso da escada que dava acesso ao terraço do Plenário, que para ser demolida precisou da contratação de um guindaste e mais de cinco horas de trabalho. “Neste item, inclusive, tivemos prejuízo, pois o orçamento está aquém dos valores gastos. Tivemos o maios cuidado para não colocar em risco as pessoas que frequentam o prédio, nem o patrimônio público.”

 

Nova reunião

O presidente Betinho Koch já convidou os engenheiros para prestar esclarecimentos aos demais vereadores. Já está agendada uma reunião com todos os parlamentares no dia 2 de fevereiro, quando se iniciam as sessões plenárias.