Comissão de Direitos Humanos busca apoio para moradores de rua

por liceopiovesan — última modificação 16/10/2020 20h00
10/11/2014 - Buscando mais esclarecimentos sobre os serviços prestados pela secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), a Comissão de Diretos Humanos da Casa, composta pelos vereadores Roger Corrêa (PCdoB), Professor Issur Koch (PP) e Cristiano Coller (PDT), reuniu-se na tarde desta segunda-feira,10. A reunião foi realizada por conta de um pedido de um morador de rua, que solicitou apoio psicológico e social. No ofício, os moradores solicitam inclusão nos programas sociais, como Minha Casa, Minha Vida, para a regularização de moradias, além de confecção de documentos e cursos profissionalizantes.

Segundo Issur, essas solicitações serão encaminhadas ao Executivo como forma de indicação, outras serão analisadas pela SDS para discutir a possibilidade de se criar leis que atendam esta parcela da população. “Sabemos que a Secretaria presta os seus serviços como pode, mas ainda é necessário mais recursos, pois o repasse ainda não é suficiente para atender todas as demandas”, explica ele. O parlamentar ainda salientou que o albergue municipal possui somente 12 vagas, e que já no ano que vem, contará somente com 10, sendo que de janeiro a setembro já foram recebidas 697 pessoas.

A assistente social da SDS, Isadora Estrázulas Silva, afirma que os atendimentos são feitos, com o auxílio dos Centros de Atenção Psicossocial e casas de acolhimento, porém ainda não é possível atender a todos. Issur ainda lembra que os dados da SDS mostram que cerca de 30 moradores de rua em Novo Hamburgo necessitam de um acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, mas não procuram os centros de apoio e nem são atingidos por eles. Explica ainda que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social para Pessoas em Situação de Rua - CREAS POP recebe em torno de 50 pessoas diariamente, onde são servidas refeições.

O ofício, apresentado pelo líder dos moradores de rua, ainda salienta que seria necessário uma linha 0800 para abrir diálogo entre cidadãos desabrigados e o Estado. No documento, também informam aos vereadores a realização de uma reunião, que tem uma meta de 400 moradores para cadastramento, para dialogar com o governo. A ideia é realizar um grande ato em Porto Alegre, para reunir o maior número de pessoas possível que vivem nessa situação.