Combater preconceito contra autistas é objetivo de ONG

por danielesouza — última modificação 16/10/2020 19h59
02/04/2013 - A convite de Patrícia Beck, Tanara Sabrina Lucas, presidente da ONG CDAA-NH, falou sobre o autismo na sessão desta terça-feira, 2 – Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Ela contou que sua filha Júlia foi diagnosticada com autismo. “Sempre notei que ela era um pouco diferente das outras crianças. Mais birrenta, com brincadeiras diferentes. Utilizava coisas como pregadores de roupas, e ficava horas brincando.”

Tanara salientou que o autismo é um transtorno no desenvolvimento, e que as características ficam mais fortes depois dos três anos. “Quando descobri que minha Júlia era autista, veio o sonho de unir as mães que querem um futuro melhor para seus filhos.” O objetivo da ONG, disse, é descobrir crianças autistas em Novo Hamburgo para oferecer ajuda e auxiliar na inclusão escolar de qualidade. “Queremos uma criança, na escola, aprendendo tanto quanto as outras.”

 

Tanara frisou ainda que o autista precisa de terapias diárias e destacou a importância do diagnóstico precoce. “Fonoaudiólogo, neurologista, psicoterapeuta.... E essa é uma grande dificuldade que a gente tem.” Ela disse ainda que há técnicas desenvolvidas em outras estados que poderiam ser usadas aqui. Há ainda o plano de montar um grupo de apoio para os pais. Por fim, o principal objetivo de sua iniciativa é a aceitação. “Percebemos bastante preconceito. Mas sempre repito uma frase: autistas são anjos que vieram para nos ensinar a respeitar as diferenças.”