28/06/2011 - Francal: Hoff visita estande do Coletivo RS

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h57
Frente Calçadista deve avaliar integração da Casa de Novo Hamburgo

O Projeto Coletivo RS, estande que abriga 48 marcas de todo o Estado, registrou faturamento de R$ 2 milhões no primeiro dia da Francal 2011. Na manhã desta terça, 28, o presidente do Legislativo Leonardo Hoff (PP) esteve no local para verificar a participação gaúcha e buscar sugestões para os empreendedores hamburguenses. O espaço do Rio Grande do Sul, que existe há 12 anos, é fruto de uma parceria entre o Sebrae-RS, a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI- NH/CB/EV) e o governo do Estado.

De acordo com Marcelo Copetti, gerente do Sebrae, são três os fatores que têm proporcionando o aquecimento do mercado interno para o setor: aumento da renda, crédito estável e a adoção de barreiras alfandegárias. Segundo o diretor, o mercado interno é que sustenta o setor, mas alertou que a prática da triangulação e as recentes medidas para o arrefecimento da economia podem alterar esse cenário. Em relação à Francal, Copetti creditou os bons números à qualificação dos expositores, uma vez que todos participam de projeto de capacitação do Sebrae, e à boa localização do estande. "Estamos bem na entrada da feira, o que facilita o acesso do público que já tem o RS como referencial de qualidade na fabricação de calçados". A expectativa é de R$ 6 milhões até o final do evento. Ele lembrou que 90% das empresas que integram o coletivo são dos vales do Sinos e Paranhana, onde está concentrada a produção estadual.

O diretor de relações internacionais do RS, Samchai Ansuj, que participa pela primeira vez da Francal, ressaltou que o governo apoia a iniciativa que contribui com o crescimento desse setor que é tão tradicional e tem peso na economia do Estado. O melhor, de acordo com Ansuj, é que o estande tem um baixo custo de produção, é feito com materiais sustentáveis, mas traz enormes resultados a micro e pequenos empresários.

Casa de Novo Hamburgo
Para a presidente da ACI, Fátima Daudt, deveria haver uma integração entre o Coletivo RS e a Casa de Novo Hamburgo. Ela enfatizou que o espaço é um dos mais importantes da feira e que a entidade lutou para que o estande tenha a mesma localização tanto na Francal quanto na Couromoda, duas das maiores feiras do segmento. "Isso faz com que se crie uma identificação para lojistas e demais visitantes". Fátima destacou que o custo total de montagem e locação ficou em R$ 904 mil, sendo R$ 10,8 mil de contrapartida para cada expositor, que pode ser subsidiada pela prefeitura da sua cidade. Comparando com o estande hamburguense, cujo custo total foi de R$ 300 mil, Fátima avaliou que haveria uma economia de R$ 84 mil se as mesmas 20 empresas se integrassem ao coletivo do Estado.

O presidente Leonardo Hoff comprometeu-se a levar o assunto para a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Calçadista. "Temos que avaliar o que é melhor para as nossas empresas, mas sem deixar de lado a preocupação com o restante do Município. Esse é o nosso papel: fiscalizar, debater e buscar as melhores soluções para a nossa comunidade". Hoff defendeu a importância de a Câmara estar presente nos eventos do setor. A participação nas maiores feiras calçadistas é missão oficial do Legislativo.

28/06/2011